45 anos: Alunos da povoação de Chukuma estudam em escolas precárias no Bocoio

Os pais e encarregados de educação lamentam as condições “degradantes” em que estudam os alunos da povoação de Chukuma, afecto à comuna do Cubal do Lumbo, município Bocoio, na província de Benguela.

Construída de adobes e coberta com chapas de zinco, a única escola que acolhe os alunos da 3ª, 4ª, 5ª, 6ª e 7ª classes, não oferece as mínimas condições para a educação e ensino da futura geração.

Os alunos são obrigados a sentarem por cima dos adobes, já que a escola em causa não tem carteiras nem portas, o que tem permitido com que determinadas pessoas da aldeia passem a cozinhar os alimentos nas salas de aulas.

No local, O Decreto constatou que, muito dos pais e encarregados de educação, preferem matricular os seus educando na sede comunal “porque aqui as condições são mesmo precárias, pois, não dá vontade de ir à escola”, disse uma das alunas.

Uma das professoras que preferiu o anonimato, disse que “só estão lá porque se  trata de um emprego, mas é vergonhoso dizer que vou ao serviço e chego aqui as condições são tão precárias parece que estou a brincar”, disse.

De acordo com os populares, “os alunos têm sentado por cima de adobe,  porque não há carteiras e quadros para os professores darem aulas em condições, e a cobertura da mesma foi graças a contribuição o povo tinha conseguido as chapas, que também já foram levadas com o vento e o governo não diz nada”, lamentaram.

“O governo não gosta quem denuncia qualquer verdade e caso contrário é perseguido”, afirmou um dos encarregados e educação, para quem “é triste pensar que meus filhos vão à escola, mas o local aonde vão se sentar não há nenhum conforto”.

Este portal apurou que os professores que lá lecionam sentem-se na obrigação de levar das suas casas cadeiras para sentarem durante as aulas, situação que para os docentes “é muito constrangedor em pleno século XXI”.

“Há professores tem que escrever nas caixas de madeira de motorizadas de marca LING-KEN”, lamentou a fonte, referindo que, “se necessário o governo não traga somente bandeiras novas do partido, seria importante também olhar pelas condições da escola”.

A população da aldeia de Chukuma diz que se sente “abandonada pelo governo e o partido que o suporta”. “Se não nos respeitam como povo, deviam pelo menos considerarem os professores que eles mandaram para ensinar nossos filhos”, finalizou.

Texto do “O Decreto”

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