África do Sul: Jacob Zuma sai da “prisão” para funeral do irmão

Preso há 14 dias, e após duas semanas de pilhagens e confrontos contra esta decisão, Jacob Zuma recebeu a notícia da morte do irmão é foi autorizado a sair da prisão para acompanhar o funeral. Jacob Zuma, ex-presidente da áfrica do Sul, autorizado a sair da prisão para acompanhar funeral de um irmão

O ex-presidente sul-africano Jacob Zuma, preso na África do Sul desde 8 de julho, vai ser autorizado a sair do estabelecimento prisional para acompanhar esta quinta-feira o funeral de um irmão.

Trata-se de um detido que cumpre uma sentença de curta duração e não existe risco de fuga, o pedido foi apresentado por motivos familiares e foi aprovado”, indicou o Departamento de Serviços Penitenciários através de um comunicado.

“Na África do Sul os detidos beneficiam deste tipo de medidas e não são obrigados a vestir o uniforme de recluso fora do estabelecimento prisional, refere ainda o mesmo documento”.

As cerimónias fúnebres de Michael Zuma que morreu aos 77 anos de doença vão decorrer em Nkandla, leste do país, onde o ex-presidente Jacob Zuma é muito popular.

Na África do Sul, os detidos são geralmente autorizados a acompanhar os funerais dos familiares mais próximos, um direito que foi recusado ao primeiro Presidente negro do país, Nelson Mandela, quando se encontrava preso durante o regime do Apartheid.

Após nove anos no poder, Jacob Zuma foi deposto pelo Congresso Nacional Africano (ANC), partido no poder, em 2018, na sequência de uma série de escândalos de suborno durante a presidência.

“Zuma foi condenado em junho a 15 meses de prisão por desacato ao Tribunal e depois de se ter recusado a responder aos investigadores”.

O ex-presidente encontra-se preso desde o passado dia 08 de julho na prisão da cidade de Eastcourt situada a cerca de uma hora de carro da casa da família, na zona rural de Nkandla.

A prisão de Jacob Zuma desencadeou uma série de tumultos e pilhagens que provocaram pelo menos 276 mortos, de acordo com os números oficiais.

Zuma vai ainda responder perante a Justiça a seis acusações de fraude, corrupção e extorsão num caso ligado à compra de material militar, em 1999, a cinco empresas europeias, na altura em que ocupava o cargo de vice-presidente da África do Sul.

 

 

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