África: Quatro países africanos em risco de enfrentar situação crítica de fome

Os países ameaçados pela fome são o Burkina Faso, localizado na região do Sahel da África Ocidental, a zona nordeste da Nigéria, o sul do Sudão e o Iémen.

Quatro países africanos estão em risco de enfrentar uma situação de fome, advertiram esta sexta-feira a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) e o Programa Alimentar Mundial (PAM).

Os países ameaçados pela fome são o Burkina Faso, localizado na região do Sahel da África Ocidental, a zona nordeste da Nigéria, o sul do Sudão e o Iémen, de acordo com um relatório da agência e do programa da Organização das Nações Unidas (ONU), divulgado esta sexta-feira. Algumas das pessoas que vivem nestes quatro países “enfrentam uma situação crítica de fome”, referem os autores do relatório, advertindo que a escalada dos conflitos e as dificuldades acrescidas no acesso à ajuda humanitária podem levar a um risco de fome.

A FAO e o PAM apontam para uma combinação de fatores – conflitos, declínio económico, condições meteorológicas extremas e a pandemia de Covid-19 – que estão “a levar as pessoas a entrarem mais profundamente na fase de emergência da insegurança alimentar”. No entanto, o relatório assinala que estas quatro regiões estão longe de ser casos isolados: “O mapa mundial mostra que as taxas de insegurança alimentar aguda estão a atingir novos máximos a nível mundial”.

O documento indica que outros 16 países correm um risco elevado de aumento dos níveis de fome aguda. Estes países incluem a Venezuela, Haiti, Etiópia, Somália, Camarões, República Centro-Africana, República Democrática do Congo, Mali, Níger, Serra Leoa, Moçambique, Zimbabué, Sudão, Líbano, Síria e Afeganistão.

A FAO e o PAM esperam que o relatório promova “uma ação imediata para evitar a ocorrência de uma grande crise (ou série de crises) no prazo de três a seis meses”. Os desenvolvimentos nestes países dependem, entre outras coisas, do acesso à assistência humanitária e do financiamento contínuo das intervenções humanitárias, afirmam os autores do relatório.

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