Angola: Banco de Poupança de Crédito (BPC) garante “consolidação do controlo” dos principais riscos e da melhoria de serviços

O presidente do conselho de administração do Banco de Poupança de Crédito (BPC), maior banco angolano de capitais públicos, anunciou hoje que o “controlo dos principais riscos” que o banco enfrenta e a melhoria dos serviços “têm sido consolidados”.

André Lopes, que falava hoje em entrevista à Lusa, assegurou que os principais marcos do programa de recapitalização do banco “têm estado a ser alcançados, tanto do ponto de vista da estabilidade como dos principais indicadores de balanço”.

“Temos estado também a consolidar os aspetos que têm a ver com o controlo dos principais riscos que o banco enfrenta e também temos estado a atuar no sentido de consolidar os instrumentos que impactavam na continuidade e melhoria do serviço”, disse André Lopes.

O suporte informático, a infraestrutura e o ‘core’ bancário (infraestrutura tecnológica que administra as operações bancárias) constam das ações em curso a nível do BPC, para a melhoria do seu serviço: “Temos estado a desenvolver um conjunto de ações neste domínio para que possamos, de facto, ter um serviço mais à altura da dimensão e do papel que o banco tem que ter na nossa economia”, disse.

O presidente do BPC recordou que o plano de recapitalização e reestruturação da unidade bancária estatal angolana tem um marco de 4 anos, acreditando que até final do próximo ano os objetivos do saneamento sejam alcançados.

“Vamos entrar agora no último ano e estamos em crer que os principais objetivos serão alcançados, é claro que ao longo deste tempo surgiram alguns imprevistos, nomeadamente o comportamento da economia com efeito da covid-19 e retração da nossa economia”, assinalou.

“Mas, de uma forma geral, acreditamos que vamos conseguir estabilizar o funcionamento do banco principalmente a partir do final do próximo ano, altura em que está prevista a entrada do novo ‘core’ bancário que vai permitir que os nossos clientes possam ter uma interação mais segura e mais disponível com o banco”, assegurou.

André Lopes falava hoje à margem do terceiro fórum Bodiva (Bolsa de Dívida e Valores de Angola), realizado hoje, em Luanda, ocasião em que foi apresentado o Relatório Anual Bodiva.

O BPC ficou na quinta posição do universo de membros Bodiva, liderados pelo Banco de Fomento Angola (BFA), que realizaram negócios nos mercados regulamentados com uma quota de mercado de 6,48%.

Segundo o presidente da unidade bancária, “ter uma atuação cada vez maior” a nível da bolsa de valores angolana constitui um dos desafios do banco, admitindo que o BPC “ainda não é dos maiores ‘players’ neste mercado”.

“E acho que este é um desafio de forma para que consiga, por um lado, proporcionar maior intervenção enquanto vendedor, mas também enquanto comprador em nome dos seus clientes, de forma que possamos fazer fluir a liquidez que circula pelo banco”, concluiu André Lopes.

 

 

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