Angola: Carta Aberta á “Dr. António Guterres”

FRENTE REVOLUCIONÁRIA PARA À INDEPENDÊNCIA SOCIOLÓGICA E
INTEGRIDADE DA LUNDA-TCHOKWÉ (FRISILT)
 
À
Sua Excelência António Guterres, Secretário-Geral das
Nações Unidas
NOVA-IORQUE
C/c
-Conselho de Segurança das nações unidas
-Tribunal Penal Internacional (TPI)
-Amnistia Internacional
-União Europeia
-Direitos Humanos
-Santa-sé
-Governo Português
Assunto: COMUNICAÇÃO.-
 
Excelência;
Antes de mais nada em primeiro lugar e como sinónimo de humildade, pedimos mais uma vez as nossas sinceras desculpas por interromper as vossas múltiplas tarefas na leitura e interpretação desta pobre missiva, desejando-lhe uma óptima saúde na companhia de todos que juntos labutam.
 
Em segundo lugar temos a elevada honra de informar a V/Excelência, o seguinte:
 
Mais que ninguém em matéria de informação a nível internacional por intermédio da internet estão melhor informados sobre o genocídio ocorrido na vila de Cafunfo, perpetrado pelas forças do MPLA e do seu executivo, liderado por senhor João Manuel Gonçalves Lourenço, presidente de Angola.
 
Excelência;
Para melhor informação fontes próximas ao governo da Lunda-Norte, informou-nos que antes da situação acontecer o senhor João Manuel Gonçalves Lourenço, orientou o senhor e comandante geral da policia e Ministro do interior, preparar efectivos para matar sem piedade toda a população do Cafunfo, que pretendia manifestar sobre a independência do império conforme está plasmado nos acordos de Protectorado.
 
Excelência;
Essa acção contou com o envio de 12 camazes, compostos pelas forças armadas vindas do Dundo, Moxico, Malanje e Saurimo, que cercaram a vila do Cafunfo, onde a população ao fugir foram barbaramente assassinados e enterrados em ravinas e outros carregados em carros militares com destino ao rio Kuango, como forma de apagar os vestígios.
 
Excelência;
Nesta ofensiva contra a população indefesa, esteve presente para constatar o cumprimento da ordem do presidente João Manuel Gonçalves Lourenço, o próprio governador da Lunda-Norte, senhor João Ernesto Muangala, comandante geral da polícia de Angola, Estado Maior General das Forças armadas e vários oficiais.
 
Excelência;
Durante esta semana desde que a situação começou, os colonos colocaram quatro helicópteros e um ill transportar tropa para a vila com ordem expressa matar tudo o que respira, e depois disso enviarão lá a população angolana para ocupar a vila.
 
Excelência;
Como a acção está bem premeditada, fonte ligado ao ministério do interior revelou-nos que existem orientações que se acontecer a mesma situação em Saurimo, Moxico, Malanje, Dundo e em qualquer município, a tropa e a policia, devem matar todas as pessoas, inclusive elementos da oposição e aqueles que acham que são inteligentes, isto é casa a casa mesmo sem estar numa manifestação.
 
Excelência;
Nós temos estado apelar que Portugal, cometeu um erro clássico em ter vendido o império aos crioulos, como antigos escravos dos portugueses conseguidos com a troca de mercadoria, e com esta fúria estão a matar a população Lunda-Tchokwé.
 
Excelência;
Uma vez que o mundo está voltado aos interesses, face ao silêncio que se verifica por parte das nações unidas, da comunidade internacional e de próprio Portugal, não temos outra alternativa senão entrarmos nas matas e pegar em armas como forma de defender-se desses assassinatos dos crioulos a coberto de Portugal.
 
Excelência;
Neste preciso momento as cidades de Saurimo, Luena, Malanje e Dundo, se encontra em estado de sítio secreto com a movimentação de polícia e militares para atacarem a população nativa.
 
Excelência;
Informações segundo as quais os elementos em causa são congoleses, não corresponde a verdade, visto que o governo congolês tem boas relações de vizinhanças com Angola, mesmo a guerra com a UNITA, tinha este pano de fundo, porque perder a Lunda seria a integração total da dita Angola, razão pela qual sacrificaram milhares de angolanos e o nosso povo, para mante-lo uno indivisível como dizem, a semelhança daquilo que os seus aliados Russos fazem com os Ucranianos.
 
Excelência;
Uma vez que os angolanos estão a matar o nosso povo, não é lícito defender-se? Como podem vem mesmo a nível de Angola, a partir da situação capital, não existem nenhum partido ou Igreja que está a condenar essa acção de estar a matar a população como gafanhotos.
 
Excelência;
Este comportamento do MPLA, não começou hoje, desde que o MPLA, chegou no nosso território sempre foi assassino dos filhos do Império principalmente aqueles que eram professores, como forma de apagar todos os quadros.
 
Excelência;
Se acontecer mais um episódio igual, todos os homens amantes do seu povo hão de ir para as matas e confrontarmos o MPLA e o seu governo, que está sendo censurados pelos chineses, cubanos e russos como antigas alianças, para o retorno ao comunismo.
 
Excelência;
Preferimos fazer isso porque não temos ninguém que está do nosso lado que nos possa acudir, esta é a única via para que este povo tenha a sua liberdade e seus direitos fundamentais.
 
Excelência;
Se somos angolanos porque é que estamos a ser mortos como animais?
 
Próprio Portugal, França, Inglaterra, Bélgica e América, sabem que nós não somos angolanos, se é assim porque é que não está a matar todos os Tchokwés, Ngangela, Luvales, Bundas, Lutxanzes, Lunda-Ndembo, Minungos e Malanjinhos que se encontram em Angola?
 
Excelência;
Apelamos mais uma vez a V/Excelência, e aqueles membros amantes da liberdade e não os amigos do MPLA, que se encontram nas nações unidas, adoptassem um postura correcta antes que a situação piora sob pena de todos nós irmos nas matas.
 
Excelência;
Para terminarmos auguramos votos de boa compreensão e de esperança.
 
Os nossos melhores cumprimentos.
 
Lunda, 11 de Fevereiro de 2020
 
 
A FRISILT
 
 
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