Angola: Carta Aberta à “Presidente da Organização do Tratado Atlântico Norte (OTAN)”

FRENTE REVOLUCIONÁRIA PARA À INDEPENDÊNCIA SOCIOLÓGICA E INTEGRIDADE DA LUNDA-TCHOKWÉ (FRISILT)
 
À
 
Sua Excelência Presidente da Organização do Tratado Atlântico Norte (OTAN)
 
Assunto: PEDIDO DE INTERVENÇÃO.-
 
Excelência;
Antes de mais nada rogamos a V/Excelência, que esta carta embora pobre no seu conteúdo lhe chega as mãos em nome de Vossa organização, desejando-lhe uma óptima saúde na companhia de todos os membros da organização, que V/Excelência, dirigem.
 
Excelência;
É com profunda mágoa e consternação que tomamos a liberdade e em poucas alíneas indelével enviar esta carta para dar a conhecer o tamanho genocídio que está ocorrer na vila diamantífera de Cafunfo, contra a população indefesa, perpetrado pelas forças armadas e da ordem do executivo angolano.
 
Excelência;
Servimo-nos desta para informar e em poucas palavras como é do vosso conhecimento condenarmos veementemente este bárbaro assassinato da população por ordem expressa do senhor João Manuel Gonçalves Lourenço, Presidente de Angola, sob olhar silencioso das nações unidas e da Comunidade Internacional.
 
Excelência;
Como temos denunciado o massacre deste género não é a primeira vez que ocorreu contra a população Lunda-Tchokwé, por parte do governo angolano. Em 1994, ocorreu na localidade de Lucapa, contra a população que explorava os diamantes na antiga Mina de KAMUTUE, por parte dos comandos e antimotim, cujos corpos foram atirados no rio Luachimo, durante 1 mês entre homens, mulheres e crianças.
 
Excelência;
Acto contínuo ocorreu no Município do Cacolo, na aldeia de Muakuango, onde a população foram assassinados pelos comandos numa igreja a pretexto de pertencer a UNITA.
 
Excelência;
Se o mundo considera Angola, como um grande país, na África-Austral, talvez é por causa das quotas que costuma pagar mas na prática o MPLA e o seu governo não passam da política de Hitler, Pinoch, Bonaparte e de Salazar.
 
Excelência;
Neste preciso momento a vila de Cafunfo, está banhada de sangue, onde o estado de sítio figura desde que a população começou a ser morta sem piedade, alegando serem congoleses, enquanto não corresponde a verdade, ademais o governo angolano, tem boas relações com o governo do Congo Democrático.
 
Excelência;
É com profunda consternação que estamos a escrever a V/Excelência, pedindo um grito de socorro para que este povo não seja exterminado na totalidade pelo executivo angolano, neste contexto se não houver qualquer intervenção estamos prontos a entregar as nossas vidas em prol do nosso povo.
 
Excelência;
Por intermédio desta e alta decisão do auto comando da FRISILT, pedimos encarecidamente para a OTAN, intervém pelo uso de força para que o MPLA e o seu presidente retirem toda a sua administração no nosso território, se dizem que somos «irmãos» o porque de estarmos a ser massacrados?
 
Excelência;
Estamos conscientes de que caso não houver qualquer pronunciamento internacional, todo que é homem amante do seu povo entraremos nas matas para que o MPLA e o senhor João Manuel Gonçalves Lourenço, possa nos respeitar e não podemos admitir que sejamos mortos como gafanhotos.
 
Excelência;
Esta é a decisão saída que nós tomamos em relação a este genocídio, onde foram envolvidos milhares de efectivos onde o Comandante geral da polícia de Angola e altas patentes do exército se encontram na vila de cafunfo para constatar o cumprimento das suas orientações contra a população.
 
Excelência;
Nesta ofensiva contra a população foram enviados 12 camazes provenientes das 4 Províncias, isto é Malanje, Moxico, Lunda-Sul e Norte, com toda a técnica que recentemente João Manuel Gonçalves Lourenço, adquiriu mesmo no momento de Coronavírus, que foram ensaiados contra o nosso povo.
 
Excelência;
A semelhança do que ocorreu no Monte Sumi na Província do Huambo, onde a população estava a ser transportada de ill para ser despejado no alto mar, é o que está a ocorrer em Cafunfo onde as forças armadas estão a ser apoiadas por um ill e helicópteros, cuja população assassinada está sendo enterrada em valas comuns e outros a ser atirados no rio Kuango.
 
Excelência;
Como pôde ver os deputados da oposição que foram para a vila de Cafunfo, face a tamanha injustiça não foram admitidos a entrar naquela vila para não constatar a realidade.
 
Este MPLA que temos, que defendem o estado democrático de direito de mentira, só para ludibriar a comunidade internacional enquanto na prática é comunista, onde os chineses, cubanos e russos são assessores.
 
Excelência;
Para terminar, aguardamos a vossa resposta com brevidade possível, porque basta!
 
Lunda, 10 de Fevereiro de 2020
 
A FRISILT
 
 
 
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