Angola: CASA-CE exige “estado de emergência” para o sul do país

O deputado André Mendes de Carvalho, da CASA-CE, diz que é preciso encontrar com urgência uma solução para o problema da fome. MPLA aponta para ações do Executivo.

“É necessário que se contemple verbas para fome do sul do país” na preparação do Orçamento Geral do Estado (OGE) 2022, diz o deputado da Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE), na oposição, André Mendes de Carvalho.

“No campo do OGE, temos que ter em conta o problema da fome no sul do país, é necessário que de facto, no meu ponto de vista, se decrete o estado de emergência naquela zona e de uma vez por todas encontremos solução para o problema da fome e é uma questão que o OGE deve atender”, afirmou em declarações aos jornalistas.

Questionado pela agência noticiosa Lusa se as autoridades angolanas deverão anuir a tal pretensão, o deputado da CASA-CE disse acreditar que sim, observando que “compete às várias instituições angolanas porem a pressão necessária para que tal aconteça”.

“Se por números inferiores de mortes, a pandemia levou com que decretássemos o estado de emergência, aquela situação [seca e fome no sul de Angola] é recorrente e penso que, ao nível das forças políticas, deve haver dinâmica para que isso se cumpra”, referiu o deputado angolano no final da reunião da comissão permanente da Assembleia Nacional, que aprovou a agenda da abertura do quinto ano parlamentar da quarta legislatura do Parlamento angolano.

O Presidente angolano, João Lourenço, dirige na sexta-feira (15.10) uma mensagem sobre o Estado da Nação durante a sessão solene de abertura do 5º ano legislativo.

MPLA enaltece ações do Governo

Os bispos católicos angolanos defenderam, na segunda-feira, a declaração de estado de emergência no sul do país, devido à seca e fome provocada pela longa estiagem, pedindo as autoridades “humildade e a não confundirem a fome com a questão política”.

O deputado do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA, no poder), Tomás da Silva, observa que, na região, “estão a ser implementados vários programas pelo Executivo”.

“Acredito que é um assunto sobre a mesa, vamos ver quais são os resultados, quais foram os níveis de implementação das medidas que foram tomadas”, realçou.

A situação da seca e da fome no sul do país tem sido acompanhada pelas autoridades angolanas, sobretudo pelo Presidente da República, João Lourenço, que nos últimos anos visitou algumas regiões afetadas e anunciou a construção de infraestruturas e a canalização de apoios alimentares para acudir as populações.

 

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