A tarefa de construir o bem comum necessita, acima de tudo, de diálogo. Dialogar qualifica a capacidade humana de se dirigir ao outro, nas diferenças e nos parâmetros racionais das “oposições”. Permite também estabelecer uma relação com a lucidez de discernimentos e escolhas, trata-se de prática que não oferece espaço para o ódio, vinganças e o aproveitamento espúrio de oportunidades para obter ganhos na contramão do bem comum.
“Devemos aprender a viver juntos como irmãos ou perecer juntos como tolos” Martin Luther King
Somente pela via do diálogo os muitos segmentos da sociedade construirão o tecido de uma cultura que sustente princípios e legalidades. As guerras, as intrigas dos partidários, o recrudescimento da violência, os fundamentalismos – religiosos e políticos -, as inimizades, as crises familiares, tudo advém de incompetências humanas na essencial capacidade para dialogar. Uma qualidade fundamental para se escolher bem, decidir e garantir rumos adequados. Quando falta a indispensável competência da reciprocidade conquistada pelo diálogo, as consequências são sempre desastrosas.
Precisamos abrir espaço para os novos autores, os que estão na posição de mediador, merecem uma oportunidade para levarem as nossas preocupações e necessidades ao mais alto mandatário do País, isso será possível apenas com diálogo. Quando o diálogo não funcionar, aí sim, a desobediência civil será o caminho.
Só o diálogo constrói entendimentos que levam à compreensão das mudanças e transformações tão velozes neste tempo. A vivência desse exercício mostra a importância da participação cidadã. Garante lucidez na condução de processos e engradece a alma, fazendo-a apreciar o que se baseia no altruísmo.
“Líderes incapacitados para o diálogo, particularmente no âmbito da política, são obstáculos nos funcionamentos da sociedade, prejudicando o bem comum”.
O diálogo, longe de ser “conversa fiada”, fofoca, palavras trocadas pelo simples gosto de falar – especialmente aquele gosto muito comum de se falar dos outros -, é a construção de entendimentos que dão suporte para a criação e manutenção do ethos do altruísmo, da seriedade no que se faz da busca pela verdadeira participação ativa na mudança dos paradigmas sócias, económicos e Políticos.
A qualidade do diálogo depende muito da visão construída no horizonte dos cidadãos, para além de paixões partidárias e anseios de poder. O exercício do diálogo alarga a visão de mundo do cidadão, os horizontes dos funcionamentos institucionais. Permite alcançar a compreensão que anima a indispensável autoestima, a consciência histórica e a configuração política merecedora de credibilidade. Nesse sentido, o diálogo é a força para fazer com que a sociedade seja verdadeiramente democrática, capaz de respeitar e promover, com fecundidade, o bem comum.
Na estrutura Do CNJ, tem lá muitas organizações, tais como: “Partidárias e organizações da sociedade civil “Organizada”, e com direito a voto, mas são esses que nessa altura estão a se fechar para um diálogo aberto para se discutir o país e se encontrar possíveis soluções para tirar o país da situação actual.
O diálogo é remédio para curar irracionalidades
Dialogar é o caminho da permanente construção da vida social, familiar e individual. O princípio do bem comum é o que deve nortear a sociabilidade, superando, assim, radicalismos e violências. Para além de qualquer simples interesse, sobretudo daquele que nasce da idolatria do dinheiro, cada cidadão tem a tarefa de preservar e de promover esse princípio.
O respeito e a promoção do bem comum são deveres de todos. Por isso, ecoe em todo canto, e permeie os tecidos da cultura na sociedade atual, na particularidade do momento vivido na sociedade Angolana, a autoridade do convite e da recomendação do Papa Francisco, dirigindo-se ao Mundo: é preciso investir todas as forças no diálogo para reconstruções, respeito a legalidades e encontro das indispensáveis saídas, evitando descompassos que comprometam a civilidade, a ordem e a justiça. Acima de tudo, os segmentos diversos da sociedade, para superar mediocridades, partidarismos, radicalismos de todo tipo, fecundando nova cultura, precisam estar em diálogo pelo bem comum.
A Juventude precisa se abrir, juventude não pode viver em caminhos distorcidos, pelo contrário. Temos que encontrar denominadores comum…
Precisamos levar as nossas ideias e exigir o cumprimento no CNJ…
VAMOS NOS ABRIR PARA ESSE DIÁLOGO.
Adilson Dias