A União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) convocou, para 24 de setembro, uma manifestação pela cidadania e consolidação do Estado democrático e de direito, face à constatação preocupante de “uma regressão do quadro democrático” do país.
A decisão foi aprovada hoje numa sessão extraordinária da reunião do Comité Permanente da Comissão Política da UNITA, orientada pelo presidente do partido, Adalberto da Costa Júnior, segundo um comunicado daquele órgão do maior partido da oposição angolana.
“O Comité Permanente constata com preocupação que, apesar da Comissão Nacional Eleitoral (CNE) e o Tribunal Constitucional (TC) terem atribuído vitoria ao partido do regime, o país conheceu nos últimos dias, uma regressão preocupante do quadro democrático com a restrição das liberdades, ameaças à integridade física de ativistas e dirigentes políticos, bem como membros da sociedade civil que tenham opinião própria”, critica no comunicado.
O Comité Permanente aponta ainda despedimentos de funcionários e transferências forçadas, para além de censura nos órgãos estatais de comunicação social, ao qual está “aliada a exibição de meios bélicos e efetivos das forças de defesa e segurança numa clara intimidação contra os que queiram manifestar-se contra o estado atual do país”.
A UNITA reitera, por fim, a vontade de “fazer valer os direitos dos cidadãos e em respeito aos que nela depositaram a sua confiança nas urnas”.