Angola incentiva “produtores africanos de petróleo” a mobilizarem fundos para Sociedade de Investimentos de Energia em África (AEICORP)

O ministro dos Petróleos angolano, Diamantino Azevedo, apelou hoje aos produtores africanos que mobilizem fundos para avançar com a Sociedade de Investimentos de Energia em África (AEICORP) e encorajou mais países a aderirem à organização.

O Ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás da República de Angola, também Presidente da Organização dos Produtores Africanos de Petróleo (APPO), discursava hoje na abertura da 8.ª Edição do Congresso e Exposição Africano de Petróleo e Gás (CAPE VIII) sob o lema “Transição Energética, Desafios e Oportunidades na Indústria Africana de Petróleo e Gás”, que Luanda acolhe entre hoje e 19 de maio.

Na sua intervenção, o governante destacou o aumento do número de países-membros, que passou de oito em 1987, para os atuais 15 e cinco observadores e encorajou secretariado-geral da APPO a intensificar a campanha de adesão de mais países produtores de petróleo e gás à organização.

“A união de todos os produtores de petróleo permitirá uma melhor abordagem e salvaguarda dos nossos legítimos interesses”, sublinhou.

Por isso, durante este ano, em que Angola assume a presidência da organização, o país apela a todos os membros da APPO “a envidarem esforços no sentido de se concluir a Estratégia de Longo Prazo, assim como a mobilização do capital inicial para o arranque da Sociedade de Investimentos de Energia em África (AEICORP)”, declarou, anunciando que vai ser assinado neste âmbito um memorando de entendimento com o Afreximbank.

A AEICORP é uma instituição de financiamento do desenvolvimento criada para mobilizar recursos para o desenvolvimento do setor da energia em África, tendo o petróleo e gás, energias alternativas, mineração e energia como principais setores alvo.

Foi criada pelos países da APPO (Argélia, Angola, Benim, Camarões, Chade, Congo, República Democrática do Congo, Costa do Marfim, Egito, Guiné Equatorial, Gabão, Líbia, Níger, Nigéria, África do Sul) e tem um capital autorizado de mil milhões de dólares (958 mil milhões de euros).

Diamantino Azevedo apontou também a importância do estudo sobre “O Futuro da Indústria do Petróleo e Gás em África à Luz da Transição Energética”, cujas recomendações constituem a base para a elaboração da Estratégia de Longo Prazo que vai orientar a APPO nas próximas décadas e identifica entre os principais desafios, o conteúdo local.

O ministro reconheceu que o nível de desenvolvimento deste processo nos países produtores de petróleo e gás varia significativamente, não tendo sido atingidos ainda os níveis de satisfação desejados.

“Para este propósito, a APPO instituiu a Mesa Redonda de Conteúdo Local de África, que tem como objetivo a revisão das políticas e progressos na implementação do conteúdo local nos países-membros, especialmente à luz da transição energética mundial”, acrescentou.

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