Angola: Investidores norte-americanos “atraídos” pelas mudanças em curso

Os norte-americanos estão mais animados em trazer investimentos para Angola e reconhecem a atractividade da actual Lei do Investimento Privado, que, entre muitas medidas, eliminou a obrigação de partilha de posições nas sociedades entre nacionais e estrangeiros, além de conceder também benefícios e isenções fiscais.
A afirmação foi feita, on-tem, pelo ministro-Conselheiro da Embaixada dos Estados Unidos da América, Greg Segas, ao dirigir palavras de boas vindas aos empresários do seu país, que participaram na videoconferência de amostra do Programa de Privatizações, designado “RoadShow PROPRIV”, de iniciativa do Instituto de Gestão de Activos de Participações de Estado (IGAPE).

De acordo com o Greg Segas, o seu país valoriza também o combate à corrupção que tem elevado a confiança internacional, a assistência do Fundo Monetário Internacional (FMI), que tem gerado avaliações muito positivas e a melhoria do ambiente de negócios, por via da revisão das leis, tornando-as mais activas, actuais e atractivas ao investimento.

Nesse sentido, o responsável norte-americano reconhece haver maior transparência nos negócios, um facto que também serve de convite aos investidores dos Estados Unidos.

Greg Segas disse ainda que a recente melhoria da classificação da nota de risco do país (Rating) por parte da Agência Moody’s é uma notícia que atrai os investidores, pois reflecte uma confiança internacional e maior capacidade de um dado mercado contrair dívida e solver compromissos.

Face à todo este cenário, Greg Segas fez saber que a Embaixada dos Estados Unidos está pronta para apoiar os investidores e facilitar a atracção de investimentos nacionais junto da sua classe de empresários.

Em nome do Governo de Angola, “o secretário de Estado, Ottoniel dos Santos, reiterou, no evento, em síntese o compromisso do Executivo com o Programa de Privatizações (PROPRIV), tendo deixado garantias da continuidade efectiva do combate à corrupção, modernização das leis, gestão transparente e melhoria consequente do ambiente de negócios”.

Ottoniel dos Santos lembrou o princípio da manutenção da “santidade dos contratos e sanidade da moe-da” como um factor crucial na estratégia pública de assegurar o cumprimento das leis e manter o peso das transacções financeiras.

O Programa de Privatizações (PROPRIV) foi iniciado em 2019 e vai até finais de 2022. Prevê privatizar 195 activos e participações do Estado, dando lugar a um maior peso no mercado empresarial aos privados e retirar do Estado a função empresarial. Até ao momento, estima-se que 41 activos foram já privatizados, entre 2019 e 2021.

Na segunda-feira desta semana foi lançado o concurso de privatização dos hotéis da Sonangol, com realce ao HCTA. Ainda ontem, o IGAPE oficializou, via anúncio, a abertura do concurso de cinco empreendimentos agrícolas.

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