O Presidente de Angola, João Lourenço, que detém atualmente a presidência rotativa da Comunidade dos Países de Linga Portuguesa (CPLP), recebeu uma delegação de deputados da Guiné-Bissau, que lhe transmitiu informação sobre a situação política naquele país.
O encontro teve lugar na segunda-feira, no Palácio Presidencial, em Luanda, tendo o Presidente angolano apelado aos parlamentares, de diferentes formações políticas, “para que prevaleça o bom senso e a harmonia entre as distintas sensibilidades políticas da Guiné Bissau, para o bem daquele país irmão”, divulgou a Presidência na sua página de Facebook.
No dia 01 de fevereiro, homens armados atacaram o Palácio do Governo da Guiné-Bissau, onde decorria um Conselho de Ministros, com a presença do Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, e do primeiro-ministro, Nuno Nabiam, e de que resultaram oito mortos.
“O Presidente guineense considerou tratar-se de uma tentativa de golpe de Estado e apontou o ex-chefe da Marinha José Américo Bubo Na Tchuto, Tchamy Yala, também ex-oficial, e Papis Djemé como os principais responsáveis”.
Os três homens foram presos em abril de 2013 por agentes da agência antidrogas norte-americana (DEA) a bordo de um barco em águas internacionais na costa da África Ocidental e cumpriram pena de prisão nos Estados Unidos.
Os três alegados responsáveis pela tentativa de golpe de Estado foram detidos, segundo o Presidente guineense.
A Guiné-Bissau é um dos países mais pobres do mundo, com cerca de dois terços dos 1,8 milhões de habitantes a viverem com menos de um dólar por dia, segundo a ONU.
Desde a declaração unilateral da sua independência de Portugal, em 1973, sofreu quatro golpes de Estado e várias outras tentativas que afetaram o desenvolvimento do país.