Angola/Luanda: Confrontos entre “Polícia e fiéis da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD)” deixam quatro feridos

Os incidentes aconteceram quando agentes da Polícia Nacional (PN) chegaram ao templo no Maculusso, por volta das quatro horas da manhã, para tentar desalojar os fiéis que desde sábado fazem vigílias em protesto contra a decisão do Estado de reter os templos. Confrontos entre polícias e fiéis da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) na madrugada desta quarta-feira, 20, em Luanda resultaram em quatro feridos.

As autoridades dizem que os fiéis reabriram os templos sem qualquer mandado que legitime a retomada dos imóveis apreendidos pelo Estado, enquanto a direcção da IURD afirma que o acórdão do Tribunal da Comarca de Luanda é um documento legítimo.

Olívio Alberto, porta-voz da IURD Angola, explica que os supostos dissidentes com apoio da PN “têm estado a tentar ocupar os templos para entregarem aos supostos pastores protegidos pelas autoridades angolanas”.

Alberto sustenta que o acordão do Tribunal de Comarca de Luanda é prova de que os templos pertencem à IURD e acusa o Instituto Nacional para os Assuntos Religiosos (INAR), de estar a favorecer a outra parte.

A VOA contactou Pedro Castro Maria, director do Instituto Nacional para os Assuntos Religiosos (INAR), que não reagiu.

Por seu vez, “o superintendente da PN, Nestor Goubel, justifica a decisão da corporação pelo facto de os fiéis não estarem munidos de qualquer mandado que legitime a retomada dos imóveis apreendidos no decorrer do processo instaurado”.

Em relação a um possível pedido de recurso à decisão tomada pelo tribunal de comarca de Luanda, que devolveu os templos à IURD, o porta-voz explica que os dissidentes têm até esta quarta-feira, 20, para formalizarem o recurso, caso contrário a medida será de cumprimento obrigatório.

Fieis fazem vigília para protestar contra decisão do Estado de manter fechados os templos da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD).

A VOA continua a fazer contactos com supostos bispos dissidentes para ouvir a sua versão dos factos.

 

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