Um jovem de 22 anos foi assassinado com golpes de faca no passado sábado, 13, arredores da vila mineira de Cafunfo, município do Cuango, província da Lunda-Norte, por elementos não identificados, dias depois de desentendimento com agentes da Polícia Nacional.
A vítima que respondia por Augusto Silvestre Saixili foi morto à facada à noite de sábado numa zona baldia, no actual “Bairro Social” em Cafunfo, crime que chocou a comunidade.
O pai do malogrado, que disse desconhecer as razões da briga, contou que, no mesmo dia, o seu filho recebeu várias chamadas telefônicas de supostos agentes da Polícia do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros, durante o período da tarde do dia anterior do assassinato, sem, no entanto precisar se houve ou não desentendimento com a pessoa que lhe transportou de motorizada.
Segundo apurou O Decreto, durante as agressões, o suspeito teria desferido à vítima seis golpes de faca, tendo sido atingido nas regiões do abdome, pescoço e na cabeça.
O pai denuncia que, a vítima (Silvestre Augusto Saixili), que fazia o serviço de mototáxi, “acabava de ter uma briga com um agente da policia no dia 02 de Novembro do ano em curso”, quando supostos agentes estavam numa operação de busca e apreensão de alguns indivíduos, que alegadamente comercializavam (liamba).
“No fim da missão, os agentes tinham encontrado o meu filho por cima da motorizada de marca KTM, enquanto esperava por passageiros, logo os agentes, sem pedir documentos, como é de costume, sacaram as chaves na ignição, enquanto meu filho tinha todos os documentos, como no caso de licença de condução e tinha capacete na cabeça”, disse.
Acrescenta que “por falta de entendimento por parte dos agentes e o meu filho, os agentes começaram a torturá-lo e a discussão terminou em briga”, contou referindo-se ainda que, tendo em conta as agressões dos policiais, o seu filho reagiu agarrando na farda de um dos efectivos identificado apenas por Adilson, que “lhe bateu no chão e o caso foi parar na 2ª Esquadra da Polícia Nacional de Cafunfo, onde ficou detido durante três dias até ser colocado em liberdade”.
“Após a briga, o agente Adilson confessou ao motoqueiro dizendo que, você me bateu no chão, mas saiba que vai ver se é você ou eu, e se não conseguir te fazer algo, eu mando lixar a farda, vou arrancar a sua vida”, disse uma testemunha no local.
De acordo com a fonte, o suposto agente da corporação terá prometido que, “a qualquer altura em fosse colocado em liberdade, faria tudo para lhe matar”.
Este portal tentou sem sucesso ouvir o Comando Municipal da Polícia do Cuango.