A diplomacia angolana é uma das diplomacias mais estácticas do Mundo, diplomaticamente estamos muito atrás do Marrocos, da Argélia, da Tunísia, do Egípto, da África do Sul, do Senegal, da Nigéria, da Namíbia, da Zâmbia, do Ruanda, do Ghan, da Etiópia e de tantos outros países africanos menos ricos do que nós.
Isso porque a maioria dos diplomatas angolanos que ocupam posições de embaixadores, de ministros conselheiros, de cônsules, de adidos e outras funções diplomáticas, são personalidades sem preparação diplomática, não entendem aquilo que fazem, sendo assim falta muito pouco para ficarmos atrás da Gâmbia na arena internacional.
O MIREX precisa dar início às reformas, começando pelos recursos humanos, os diplomatas a cima dos 60 anos precisam ser jubilados em base o artigo 33 do Decreto Presidencial n.° 209/11, de 3 de Agosto de 2011.
Há décadas que a administração do MIREX não consegue fiscalizar e organizar as embaixadas e os consulados angolanos que funcionam mal: muita incompetência e falta de domínio político-diplomático, mal atendimento, nepotismo e amiguismo nos momentos dos concursos do recrutamento local, que é tudo uma verdadeira fachada, nada aí é transparente.
A nossa Diplomacia necessita urgentemente de novos quadros, sobretudo jovens competentes e qualificados, jovens dinâmicos e bem formados diplomaticamente. Se continuarmos a enviar representantes diplomáticos por afinidades ou por cores partidárias, a Diplomacia angolana continuará sendo um fracasso, e os que estão em frente do MIREX cada vez mais mostram e demonstram não serem capazes de dirigir o barco da nossa Diplomacia.
Quando não se é capaz de estar numa posição de grande responsabilidade dentro do aparelho do Estado, que se dê lugar e espaço há quem é capaz de fazer correctamente o trabalho. Num País sério 90% dos diplomatas angolanos ou seriam exonerados ou colocariam a disposição os seus cargos, porque não é normal um embaixador ou diplomata não saber fazer em condições um simples discurso sem ler, diplomatas que não sabem escrever e que não entendem de mecanismos burocráticos no âmbito diplomático e consular.
A má administração do MIREX é a principal fonte do fracasso da diplomacia angolana, se houvesse boa liderança no MIREX (alguém altamente competente, dinâmico, e formado em ciências político-diplomáticas), haveria ordem nas nossas embaixadas e consulados, e os demais diplomatas seriam avaliados antes de serem enviados para representar Angola no exterior. Enquanto mudanças e reformas concretas não forem feitas teremos sempre uma diplomacia carente de mecanismos projectuais e de estratégias que visam catapultar o nosso País na arena internacional.
O.B.S: O MIREX precisa de dirigentes, de embaixadores e de cônsules maioritariamente jovens, jovens que além de serem bem formados são carismáticos e pré-dispostos à trabalhos diplomáticos de alto nível. Diplomacia não é pra todos, motivo pelo qual os nossos diplomatas fazem o que não entendem, um autêntico fracasso… TUDO ISSO É CULPA DO MIREX.
Eu e a Diplomacia a Diplomacia e Eu
Leonardo Quarenta – O Rei da Diplomacia
Doutorando em Direito Constitucional e Internacional
Mestrado em Relações Internacionais e Diplomacia
Master em Direitos Humanos e Competências Internacionais