Angola: O “MPLA” está a dar muitas bandeiras – Dito Dalí

A forma com que o regime se apressa para inventar mentiras e acusar a UNITA e seus dirigentes pela morte do Deputado Raúl Danda, mostra que estão com medo de alguma coisa e receiam que a qualquer momento o povo pode descobrir a verdadeira causa da morte do mais velho Danda. Por este motivo estão antecipar-se na lavagem cerebral e tentar moldar a opinião pública menos atenta desviando as atenções do povo.

Desde o primeiro dia que fomos surpreendidos com a notícia da morte do dirigente da UNITA, logo nas primeiras horas, a Clínica Sagrada Esperança em sintonia com o SIC, tornaram à público os documentos e relatórios provisórios detalhando a suposta causa da morte do senhor Raúl Danda o que constitui um claro desrespeito ao princípio da deontologia profissional ou sigilo de trabalho, numa altura em que nem a própria família sabia que Raúl Danda tinha sido dado como morto naquela Clínica que deu entrada para o possível tratamento no dia 8 de Maio deste ano; tomando conhecimento a partir da divulgação nas redes sociais.

Essa preocupação toda que têm tido na disseminação de textos e fake news nas redes sociais tentando associar à morte do Deputado ao partido que militou desde jovem ou pequeno, faz-nos lembrar o que aconteceu em 1992 quando o MPLA decidiu assassinar uma boa parte da direcção da UNITA em Luanda, uma estratégia encontrada para a não realização da segunda volta das eleições presidências e impedir que Jonas Savimbi vencesse às eleições presidências pois era tido como o favorito entre os candidatos!

Depois daquele histórico e triste massacre, o regime serviu-se dos órgãos de comunicação social públicos e começou a intoxicar o povo com mentiras e propagandas acusando a UNITA de ter recusado ou rejeitado os resultados eleitorais de 92, asim preferiu optar pela via da guerra e aterrorizar os populares em Luanda, atirando a culpa pelas mortes dos seus dirigentes à própria UNITA e ao Jonas Savimbi.

O assassinato de uma boa parte da direcção da UNITA de Savimbi, tinha sido calculado como saida para fragilizar o Dr. Jonas Savimbi que se revelara bastante forte por possuir um exército de mais de 50 mil homens e detinha ainda algum apoio externo.

Hoje, diante de um Adalberto Costa Júnior que se mostra cada vez mais próximo de se tornar o Presidente de Angola e dos angolanos, recebe o apoio de todos os cantos de Angola vindo dos camponeses, da cidade, da elite urbana, dos militantes bons do MPLA que pensam Angola, apoios dos estudantes e roboteiros, da comunidade angolana na diáspora, apoio das igrejas e ONGs, da sociedade cívil, em suma, de todos aqueles que estão farto do MPLA e ansiam por mudança/ alternância política. E o regime no poder, como sempre, ao invés de governar e manter o foco na resolução dos inúmeros problemas que o povo enfrenta, inverteu os papéis e passa a vida toda a combater o seu adversário político usando os meios públicos para passar mentiras contra o Adalberto Costa Júnior com objectivo de o desacreditar, descredibilizar a sua imagem num evidente plano de tentativa de assassinar o carácter de ACJ. MPLA ainda usa o dinheiro do povo para corromper os dirigentes da UNITA de modos a irem contra o ACJ e com direito a cobertura da imprensa pública onde vão espalhando mentiras e calúnias da pior baixatez.

Nada nos possa impedir de pensar que os cenários que aconteceram em 1992 estão de volta, mas desta vez em formato diferente que passa por envenenamento dos militantes e dirigentes da UNITA tidos como peças fundamentais para a liderança do presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior. Tácticas usadas pelas ditaduras quando querem fragilizar e atingir os seus adversários políticos que são mais preparados, simpáticos, carismáticos e inteligentes que um ditador que luta pela sobrevivência.

Dizer que o malogrado Raúl Danda antes de morrer terá revelado ao Nelito Ekuikui, que foi vítima de um possível envenenamento na cerimónia de empossamento do ACJ ou no congresso onde o mesmo foi candidato, só podemos hipoteticamente acusar o MPLA de ter recrutado membros da própria UNITA que estão a matar os dirigentes da UNITA que o MPLA odeia; que estão fielmente com o ACJ, a mando do MPLA a troco de milhões de dólares ou kwanzas.

Tarde ou cedo o povo um dia saberá quem realmente está por de trás dessa tragédia que atira prematuramente para a cova brilhantes e honestos filhos desta pátria querida, mas ingrata para com os seus filhos.

Descansa em paz, mais velho Raúl Danda.

A nossa geração não pode falhar

Dito Dalí

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