Não basta vedar o seu acesso aos meios de comunicação social, comprar manifestações, praticar a já habitual intolerância política, usar a Administração Pública para obstruir as suas iniciativas ou ainda accionar os mecanismos do Gabinete da Acção Psicológica.
A luta contra a oposição implica uma rigorosa e minuciosa Concepção de políticas públicas que sejam sustentáveis e que possam produzir impacto na vida quotidiana do cidadão.
É preciso educação e saúde de qualidade.
Saneamento básico e água potável para todos. “O problema da habitação, as infrastruturas rodoviárias, o transporte público, o emprego e a segurança social para o cidadão, a organização de um sistema econômico que seja sustentável, dinâmico e robusto que possa criar riqueza e servir o cidadão. A garantia da segurança das pessoas e dos seus bens é também tarefa do poder”.
Poderiamos alargar a interminável lista das obrigações do executivo se quisermos ser exaustivos, sem falar da necessária vocação para servir.
Todavia o nosso propósito hoje é apenas chamar a atenção dos que nos governam para o facto de que a Sociedade tem hoje os parâmetros de julgamento e avaliação do desempenho do partido que apoia a acção governativa neste país há já quase meio Século.
“Todas as outras formas de luta contra a oposição, actuais e as que forem projectadas para o futuro, são e serão apenas mero exercício de fuga para a frente visando apenas a manutenção do status quo no país”.
Face ao poder está a oposição que tem legitimidade política e respaldo constitucional para poder contestar a eficácia das políticas públicas do executivo, apresentando as necessárias alternativas que sejam credíveis de forma a convencerem os eleitores.
Seja como for, a disputa do poder não deve ofuscar a nossa visão sobre o interesse maior que é Angola.
Quase 50 anos depois da independência do nosso país e face às dificuldades que enfrentamos todos, mais do que o aguçar de uma postura egocêntrica, o momento é chegado para que todos juntos possamos finalmente encontrar os melhores caminhos para realizarmos Angola como um país que nos orgulhará a todos e será merecedor do respeito no contexto das Nações livres e desenvolvidas de Africa e do mundo.
Lukamba Gato repudia compra de manifestantes e uso de intolerância política
Lukamba Gato