Angola: Polícia detém “deputados da UNITA que pretendiam visitar Cafunfo, palco de confrontos mortais”

Comandante Geral da PN de Angola diz que a visita não foi autoridada pelo presidente da Assembleia Nacional

O grupo de deputados da UNITA que pretendia chegar à vila de Cafunfo, na província da Lunda Norte, foi impedido de seguir viagem por efectivos da Polícia Nacional (PN).

O deputado Joaquim Nafoia disse à VOA que o grupo de três deputados que partiu de Luanda está detido e com ordens para regressar à procedência.

O comandante-geral da PN, Paulo de Almeida, afirmou ontem que a viagem dos deputados do principal partido da oposição não tinha sido autorizada pelo presidente da Assembleia Nacional.

Os parlamentares da UNITA pretendiam recolher no terreno mais dados sobre os tumultos do dia 30 de Janeiro que resultaram na morte de cidadãos em número ainda não determinado.

Enquanto a PN fala sem seis mortos, a Amnistia Internacional confirma, pelo menos, 10 e fontes independentes avançam com pelo menos 27 mortos e muitos desaparecidos.

Ontem, em conferência de imprensa, o ministro do Interior, Eugénio Laborinho, tinha considerado a visita “ilegal” por não ter sido autorizado pelo presidente do Parlamento.

Em resposta, Joaquim Nafoia recomendou o ministro a contratar “um professor de direito” e considerou a afirmação uma falta de respeito pelos deputados “eleitos pelo povo”.

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