O Serviço de Investigação Criminal (SIC) apresentou hoje, em Luanda, alguns integrantes de uma rede de falsificadores de moedas estrangeiras, com maior realce para o dólar norte-americano, que cometiam o delito com auxílio de indivíduos que se encontram em outros países africanos.
O porta-voz do SIC, Manuel Halaiwa, declarou, à imprensa, que o grupo pretendia inserir as notas falsas no sistema bancário nacional, com a colaboração de alguns funcionários deste sector.
Uma acção que, em seu entender, seria facilitada pelo facto de as moedas falsificadas apresentarem muitas características semelhantes as verdadeiras, pelo que é muito difícil ser detectada. O mesmo podia acontecer com os operadores do sistema bancário.
Disse desta vasta rede, foram detidos 11 envolvidos, com idades compreendidas entre os 39 a 59 ano, incluindo duas senhoras que tinham a missão de arranjar moeda estrangeira contrafeita e aliciar compradores para a permuta com notas verdadeiras por metade do seu montante.
A título de exemplo, “Manuel Halaiwa explicou que 1 milhão de dólares falsos é trocado por 500 mil dólares verdadeiros. A pessoa que recebia o dinheiro falso tinha a incumbência de introduzido no mercado informal e no mercado financeiro bancário, de modo a conseguir obter retorno e a sua margem de lucro”.
No entanto, não soube precisar a quantidade de dinheiro falso que terá sido injectada no circuito financeiro.
Esta rede de meliantes tem como cabecilhas quatro indivíduo conhecidos apenas por Ludo, Kiala, Kilamu e a Mamã Suzana. O quarteto era quem recebiam as notas falsas e passam para outros indivíduos para realizarem a venda tanto em Luanda como em outras partes do país, segundo o SIC.
Na capital o grupo tinha como pontos preferenciais a zona do Calemba II, Cassenda, Mártires do Kifangondo, Centralidade do Kilamba, Zé Pirão e Camama.
Além deste grupo, os operacionais da Direcção Central de Combate aos Crimes de Corrupção do SIC desmantelaram, no mesmo período, uma outra rede criminosa que se dedicava a prática semelhante. Esta rede, composta por três indivíduos, com idades compreendidas entre os 31 e 59 anos, estava a arranjar moeda estrangeira falsa, com objectivo de trocar com notas verdadeiras e defraudar os seus patrões.
Uma acção que seria facilitada pelo facto de os seus patrões terem guardado dólares num lugar determinado, fora do circuito bancário.
O porta-voz do SIC realçou que apreenderam com os prevaricadores 66 mil e 100 dólares norte-americanos falsos.
Explicou que o Ministério Público aplicou a medida de coacção pessoal mais gravosa, a prisão preventiva, a todos eles, dos quais, oito já se encontram internados no do Estabelecimento Prisional de Viana.
Manuel Halaiwa garantiu que estão a ser realizadas diligências para determinar e deter outros envolvidos.