Angola: Serviço de Investigação Criminal (SIC) “detém” mulheres da rede criminosa Dom Quixote

O Serviço de Investigação Criminal (SIC) deteve e apresentou, esta sexta-feira, em Luanda, três mulheres pertencentes a uma rede criminosa denominada Dom Quixote.

Com 24, 29 e 34 anos, as mulheres da “placa Dom Quixote” foram detidas pelo crime de uso e abuso do cartão de crédito concorrido com o furto do dinheiro na conta de uma empresa.

As detidas são acusadas de subtraírem o cartão multicaixa de um homem, furtando 50 milhões de Kwanzas.

O porta-voz do SIC superintendente de investigação criminal Manuel Halaiwa, disse à ANGOP que os factos ocorreram no mês de Fevereiro, quando um cidadão, representante de uma empresa, solicitou os “serviços sexuais” de uma das mulheres, que depois do coito o dopou com barbitúricos C4 (ácido barbitúrico).

Depois de ter dopado o homem, prosseguiu o responsável, a mulher foi subtraindo os artigos de valor, entre os quais o cartão multicaixa com o código da empresa.

“Esta cidadã, depois da acção apresentou o cartão multicaixa a líder do grupo, a cidadã de 29 anos, que orquestrou as transferências bancárias para as restantes integrantes do grupo”, esclareceu.

Conforme o oficial, diante dos factos e formalizada a queixa, os operacionais do SIC desencadearam uma actividade investigativa, que durou cinco meses, tendo resultado na detenção da primeira mulher, solteira de 24 anos, seguindo-se as outras cúmplices.

“Em posse das acusadas, foram apreendidos bens duradouros adquiridos com os valores subtraídos, como tapetes de sala, botijas de gás butano, televisores, máquina de levar, geleira de porta dupla, fogão a gás, regulador automático de tensão, e aparelho de ar-condicionado”.

As cidadãs foram encaminhadas ao Ministério Público que aplicou a medida de coacção pessoal mais gravosa, a prisão preventiva, e diligências prosseguem para determinar outras cidadãs envolvidas e beneficiárias das transferências bancárias.

Por outro lado, o SIC apurou também que determinados cidadãos foram vítimas desta rede, mas por vergonha pública eventualmente não apresentaram queixa, mas perderam os seus valores monetários a favor destas mulheres.

 

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