Angola: “Setenta por cento” do território nacional tem mineral explorável

Setenta por cento do território nacional, cerca de 872.392 quilómetros quadrados, oferece potencial mineral explorável, que dá margem para investimentos no sector e o consequente crescimento económico do país, disse hoje o presidente do Conselho de Administração do Instituto Geológico de Angola (IGEO), Canga Xiaquivila.

Deste potencial, segundo o gestor, constam os 42 minerais necessários, entre os quais diamante, cobre, ferro, prata, manganês, ouro, calcário, mármore e granito, para o desenvolvimento económico das comunidades.

Tal potencial foi descoberto com a implementação do Planageo – projecto do Governo angolano, que visa, dentre outros objectivos, relançar, dinamizar e aumentar a contribuição fiscal do subsector dos recursos minerais ao nível do país.

O projecto, que contou com um investimento global de 405 milhões de dólares, prevê igualmente, melhorar o conhecimento da geologia e do potencial dos recursos minerais do território nacional, além de reestruturar, capacitar e apetrechar o IGEO, para assegurar o desenvolvimento sustentável do país.

Com o Planageo, de acordo com o gestor, pretende-se atrair as principais empresas de mineração e de exploração mundial, como a De Beers, Rio Tinto, entre outras, que, assim como a Anglo American, possam iniciar os trabalhos de prospecção e posteriormente arrancar com a explorar em Angola.

Por sua vez, o consultor técnico do IGEO Paulo Tanganha, realçou que o Planageo proporcionou informações geológica e mineral relevantes que permitiram saber, dos nove domínios geológicos existentes em Angola, a existência de um cinturão de cobre, igual ao da República Democrática do Congo (RDC), Botswana e Namíbia, do ponto de vistas geológico e geofísico.

“Fruto dos estudos realizados, hoje já sabemos que há cobre no famoso Bico do Cuando Cubando”, realçou Paulo Tanganha.

Disse também que 91% dos alvos geofísicos são magnéticos e que há maior probabilidade de se encontrar depósitos com propriedades magnéticas do que radiativas, do qual fazem parte o urânio e o potássio.

Da implementação do Planageo, cuja execução física é de 66%, resultou a construção de três laboratórios, nas províncias de Luanda (Laboratório Central de Geologia), Lunda Sul (Saurimo) e Huíla (Lubango) com um investimento a rondar os 62,5 milhões dólares.

Angola tem uma extensão territorial estimada em 1.246.700 quilómetros quadrados.

 

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