Docentes foram ameaçados se não participassem da campanha na segunda-feira
O Sindicato Nacional dos Professores (SINPROF) de Angola protestou contra uma ordem do governo de Luanda que obrigava os professores a participarem numa campanha de limpeza da cidade que decorreu segunda-feira, 15.
O lixo tem vindo a aumentar por toda a cidade depois de no mês passado o Governo da província de Luanda ter rescindido o contrato com cerca de seis empresas de saneamento básico.
Desde então, muitas destas empresas retiraram os seus contentores das ruas da capital e os citadinos vêm deitando o lixo em qualquer lugar.
O Governo local convocou a população para participar da limpeza na segunda-feira e os professores foram coagidos a aparecer.
Segundo o SINPROF, a ordem prometia punir quem não participou.
Admar Jinduma, secretário-geral do SINPROF, condena a ordem e afirma que os professores não são responsáveis pela incompetência do Governo.
“Não estamos no tempo do Sábado Vermelho, onde as pessoas eram convocadas para esse tipo de campanha”, sublinha, acrescentando que “se o Governo é incompetente essa responsabilidade não pode ser atribuída aos professores”.
Jinduma entende que o Governo “deve melhorar os seus mecanismos para a recolha de lixo em Luanda.
Joana Lina Ramos Baptista Cândido, governadora provincial de Luanda, que participou da limpeza de cidade, disse que a campanha vai continuar.