Angola quer vender a participação que a petrolífera Sonangol detém no Banco Caixa Geral Angola (BCGA), controlado pela Caixa Geral de Depósitos (51%), estimando-se que uma operação “esteja concluída no primeiro trimestre de 2021”.
Na lista de alienações, no âmbito do plano de privatizações do Estado Angolano, está ainda a venda a 20% da Mota-Engil Angola, noticiou este sábado ao Público.
No caso do BGGA “tratando-se de uma instituição financeira bancária”, segundo fonte oficial do ministério das Finanças, “a aquisição será ainda alvo de análise pelo regulador sectorial”, disse ao Público. Neste momento, decorre a selecção do intermediário financeiro, “fundamental para a avaliação da participação, a condução do processo de due diligence, entre outros passos fundamentais para a concretização da alienação”.
A venda da posição chegou a estar prevista para este ano. Quem comprar posição da Sonangol ficará o segundo maior acionista do banco que já conta nos acionistas com António Mosquito (ex-acionista da Global Media – o mesmo grupo do Dinheiro Vivo – e Soares da Costa) que detém 12%, bem como com Jaime Freitas (12%), que, em Portugal, é dono de 50% do grupo MCoutinho e esteve ligado ao BNI Europa. A Caixa diz estar “a acompanhar” o assunto ao jornal.
Da lista de privatizações está ainda a venda dos 20% da Sonangol na Mota-Engil Angola (controlada a 51% pela construtora portuguesa), cuja alienação chegou a estar prevista para este ano.
O Ministério das Finanças de Angola diz que o concurso público “será lançado em breve” e que “deverá estar concluído no início de 2021”, segundo o Público. Ao jornal a Mota-Engil não quis pronunciar-se sobre o processo de privatização em Angola.
Finicapital (15%), Globalpactum (9%) e do BPA (5%), com ligações ao angolano Carlos Silva, são outros dos accionistas da filial da construtora em Angola.