Angola: UNITA defende que “comunicação social” deve promover unidade e garantir princípios e valores da liberdade

A posição da UNITA, relativamente ao papel da Comunicação Social, assunto discutido em Luanda, nesta quinta-feira, 22 de Abril, pelos deputados da Assembleia Nacional, cingiu-se nos objectivos principais deste exercício e nos resultados que se pretende alcançar.

O presidente da bancada parlamentar da UNITA, Liberty Chiyaka, na sua intervenção, saudou em primeiro lugar, o Grupo Parlamentar do MPLA por se ter dignado votar favoravelmente e viabilizar a discussão deste assunto que considerou ser de extrema relevância.

Continuando, procurou deixar claro que não o assunto em discussão no Parlamento não se tratava dos órgãos de comunicação social, nomeadamente a TPA, a RNA, a TV Zimbo, a Rádio Despertar, a MFM ou qualquer outro mas sim daquilo que é o fundamental, o papel da nossa comunicação social na construção do Estado Democrático de Direito.

“Não faremos avaliação alguma; os angolanos sabem o que nós temos, sobretudo a nossa contribuição sobre o que devia ser a nossa comunicação social, seja ela pública ou privada”, apelou o deputado.

Como principais objectivos, Liberty Chiyaka destacou que a comunicação social devia contribuir para Estado Democrático e Direito e promover o cumprimento das obrigações constitucionais pelos órgãos de comunicação social e pelos jornalistas.

Um outro objectivo, segundo o líder parlamentar, é assegurar a existência de um serviço de comunicação social promotor da unidade na diversidade e garante dos princípios e valores da liberdade, igualdade de tratamento, informação plural, dignidade da pessoa humana e respeito pelas diferenças, tolerância, decência e observância do princípio do contraditório.

Observou ainda que, a comunicação social devia promover e garantir um ambiente de paz, de livre concorrência, livre do medo, da hostilização dos que pensam de modo diferente e o respeito pelas instituições públicas e privadas e consolidar a democracia, a paz e a reconciliação nacional para a obtenção dos resultados pretendidos.

“No final deste debate, gostaríamos que a nossa comunicação social contribuísse, no essencial, para um ambiente democrático, de liberdade e de competição política leal e de respeito pelas diferenças e adversários políticos”, conforme o quadro da UNITA.

A UNITA, defendeu como resultados da discussão, o cumprimento da lei e observância dos princípios e valores de uma comunicação social isenta, plural e séria que retrate com verdade e equilíbrio a realidade, criando uma cultura da democracia paz e liberdade e tolerância.

Referiu também que deve criar uma sociedade aberta, livre, informada e formada com base nos valores democráticos, sobretudo de igualdade dos cidadãos e resultar num Estado de Direito Democrático consolidado, cidadãos com confiança e segurança no futuro, independentemente dos governos e alternâncias do poder.

Acrescentou, no entanto que, os órgãos de comunicação social ao serviço da sociedade, devem estar focados na construção da confiança social bem como a prevalência do interesse público, na perspectiva da mensagem de paz, de perdão, de reconciliação nacional e da justiça social sobre os interesses de grupos.

“Estes são os objectivos que queremos alcançar; os resultados também gostaríamos que alcançássemos como Estado e como Nação, no fim deste debate”, finalizou Liberty Chiyaka

 

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