Angola: UNITA pede audição de “responsáveis das Finanças sobre ataque cibernético”

A União para a Independência Total de Angola (UNITA) anunciou que vai remeter, na próxima semana, um pedido para a audição parlamentar da ministra das Finanças e do diretor do Serviço de Inteligência Externa, devido ao ataque cibernético contra o Ministério das Finanças angolano

Segundo o líder da bancada do maior partido da oposição angolana, Liberty Chiaka, que falava à margem da sexta reunião plenária extraordinária da quarta sessão legislativa do parlamento angolano, a audição destes responsáveis decorre da “preocupação de se perceber a gravidade” do ataque cibernético de que foi alvo aquele órgão ministerial.

O Ministério das Finanças (Minfin) anunciou, na segunda-feira, que a plataforma tecnológica de apoio às suas atividades com acesso aos emails e pastas partilhadas foi alvo de um ataque cibernético no dia 17 de fevereiro, “com origem e motivações não identificadas”.

Não obstante a situação, referiu o Minfin num comunicado divulgado no seu site, os sistemas de arrecadação de receitas, entre os quais o Portal de Serviços, Portal do Contribuinte e o Sistema Integrado de Gestão Financeira do Estado, “encontram-se em pleno funcionamento”.

A UNITA expressou hoje preocupação sobre o assunto: “Queremos compreender a gravidade e a extensão deste ataque informático e, também, procurar saber quais são os procedimentos de controlo que vão ser estabelecidos para que esta situação não mais aconteça”.

“Porque quando o Ministério das Finanças sofre um ataque, como este, e não sabemos agora a sua extensão, a sua profundidade, não sabemos que implicações vai ter na capacidade do Estado fazer vários processos de gestão financeira interna, a nós compete procurar saber o que está a ser feito para que estes ataques não acontecem”, rematou Liberty Chiyaka.

O Minfin garantiu que o Serviço de Tecnologias de Informação e Comunicação das Finanças Públicas (SETIC-FP) está a identificar “o alcance da perturbação e os potenciais constrangimentos causados nos postos de trabalho do Ministério das Finanças e organismos tutelados, principalmente o programa de desmaterialização da correspondência interna e externa”.

As equipas do SETIC estão desde o ataque a trabalhar na “solução e normalização do sistema de emails e da pasta de documentos partilhados, mitigando assim os impactos de tal situação na produtividade dos funcionários das Finanças Públicas”.

 

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