AUNG SAN SUU KYI – Ícone da liberdade Birmanesa

A Birmânia, actual Mianmar , foi um palco de terror , ditadura, repressões, chacinas durante o regime déspota, monopolista, ditatorial do general Ne Win que governou entre os anos 1962-1988, no entanto, foram vinte e seis anos de ditadura, mortes de estudantes, retaliações aos membros do movimento pró democracia, etc.

Ne Win, antes de ser Estadista ocupava os cargos de comandante do Exército Birmanês e concomitantemente primeiro ministro do seu país, isto é, entre os anos 1958-1960; pela ambição e vontade em encabeçar uma ditadura em 1962 lidera um golpe de Estado e assume as rédeas do poder .

De 62 – 88 funda e dirige o partido de Programa Socialista na Birmânia.

É neste ínterim que surge a líder do partido Nacional pela Democracia “Aung San Suu Kyi” , uma mulher que não se conformava com as injustiças do seu país e lutou fortemente contra as juntas militares do governo de Ne Win. A líder ainda dirigiu a Revolta 8888, isto é, os protestos iniciados aos 8 de Agosto de 1988 pelo movimento pró-democracia encabeçado pela Suu Kyi.

Esta mulher é um exemplo de superação, uma inspiração para as mulheres, uma ícone e heroína da liberdade. Hoje por hoje, fala -se de Mianmar livre das amarras da ditadura Birmanesa graças ao empenho e sentido patriótico da líder.

Ela foi detida variadíssimas vezes posta em prisão domiciliar; a primeira vez foi para impedi – la de participar das primeiras eleições gerais de 1960, tendo ficado detida mais de 20 anos, pois foi apenas solta em 1995 após fortes intervenções internacionais, destaca -se aqui intervenções de Hilary Clinton e de Barack Obama, que achavam injustas e escandalosas detenções .

Hilary Clinton dizia ” é escandaloso e injusto prender alguém pelo facto de ter popularidade” .

Recomendo à todos os cidadãos defensores dos direitos humanos a perscrutar a “Revolta 8888 na Birmânia” e o papel de Suu Kyi no processo de democratização daquele que hoje é tido como um país verdadeiramente democrático de direitos, que nasçam mais Suu Kyi em Angola, mulheres como Sizaltina Cutaia , Laurinda Gouveia , Laura Macedo e outras , são a continuidade desta brava e destemida guerreira de Mianmar que apesar de ameaças, retaliações , aliciamentos nunca baixam a guarda , sempre batem- se em prol das liberdades (pensamento, expressão, imprensa,etc) e pelas garantias fundamentais consagradas pela constituição angolana e pela Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Hélder Mwana Afrika

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