Brasil/Eleições: Luís Inácio Lula da Silva empossado como o “39.º Presidente da República Federativa do Brasil” numa cerimónia solene no Congresso Nacional, em Brasília

O Líder progressista Luiz Inácio Lula da Silva foi hoje empossado como o 39.º Presidente da República Federativa do Brasil numa cerimónia solene no Congresso Nacional, em Brasília.

“Prometo manter, defender e cumprir a constituição, observar as leis e promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil”, disse Lula da Silva.

O novo Presidente brasileiro já havia assumido o cargo por dois mandatos (2003 a 2010).

Lula da Silva foi recebido no Congresso pelos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado, Arthur Lira e Rodrigo Pacheco, respetivamente.

A sessão solene de posse começou com uma breve intervenção do presidente do Senado, que homenageou o futebolista Pelé e o papa Bento XVI, recentemente falecidos, pedindo um minuto de silêncio.

Depois, seguiu-se o hino nacional e, em seguida, Lula da Silva confirmou o Compromisso Constitucional e assinou o termo de posse juntamente com o vice-presidente, Geraldo Alckmin.

Na assinatura, Lula da Silva quebrou o protocolo e explicou publicamente que utilizou uma caneta que lhe fora oferecida por um apoiante do pequeno estado do Piauí, em 1989 (primeiras eleiçoes democráticas pós-ditadura), e recordou que, na sua primeira cerimónia de posse (em 2003), utilizou uma outra caneta do então senador Ramez Tebet, pai de Simone Tebet, sua atual ministra e antiga adversária nas eleições de outubro deste ano.

Antes de fazer o juramento, Lula da Silva foi recebido por autoridades e políticos, tendo sido cumprimentado pela ex-presidente Dilma Rousseff e autoridades estrangeiras como o Presidente da Argentina, Alberto Fernández, o ex-presidente do Uruguai Pepe Mujica, e outros líderes estrangeiros presentes no local.

Os milhares de apoiantes de Lula presentes no “Festival do Futuro”, ao verem no ecrã gigante Lula a abraçar Dilma Rousseff gritaram: “Dilma passa a faixa”.

Uma provocação a Jair Bolsonaro que foi para os Estados Unidos e assim não vai fazer a tradicional passagem de faixa ao novo Presidente.

Após fazer juramento no Congresso, os presentes no Congresso brasileiro cantaram “Ole, ole, ole, ole, Lula, Lula”, em homenagem ao líder progressista.

Depois da posse, Lula fez um discurso no Congresso, o novo Presidente do Brasil seguirá para o Palácio do Planalto, devendo subir a rampa e discursar no Parlatório que fica em frente à Praça dos Três Poderes para um público de 40 mil pessoas, o número máximo autorizado pela segurança.

Os organizadores estimaram que pelo menos 300 mil pessoas estão em Brasília para a posse do líder progressista numa sequência de eventos que conta também com um festival de música além dos ritos tradicionais da posse presidencial.

Na sua passagem de automóvel, os apoiantes gritaram palavras de apoio e aplaudiram o antigo líder sindical que inicia hoje o seu terceiro mandato presidencial, após uma eleição polarizada.

Depois de falar ao público, Lula da Silva desloca-se ao Palácio do Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores, para acolher uma receção fechada ao público com vários convidados de mais de 65 delegações estrangeiras, entre os quais chefes de Estado, vice-presidentes, chefes da diplomacia, enviados especiais e representantes de organismos internacionais.

O Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, o ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, e o antigo primeiro-ministro e amigo pessoal de Lula da Silva, José Sócrates, marcarão presença nas celebrações.

Também os presidentes de Angola, João Lourenço; de Timor-Leste, José Ramos-Horta; de Cabo Verde, José Maria Neves; da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, e o secretário-executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Zacarias da Costa, deverão marcar presença.

Lula da Silva (Partido dos Trabalhadores) é o primeiro chefe de Estado a ter três mandatos na história recente do Brasil. Candidato seis vezes à Presidência da República do Brasil, foi o primeiro líder operário a chegar ao posto mais importante do comando político do país.

 

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