O ministro do Interior de Angola manifestou hoje preocupação com a vandalização de bens públicos, um fenómeno que se vem registando e aumentando na sociedade angolana nos últimos tempos.
Eugénio Laborinho discursava na abertura do primeiro Conselho Metodológico da Direção de Administração e Serviços do Ministério do Interior.
O titular da pasta do Interior referiu que este crime tem estado a ganhar contornos alarmantes, se se olhar para os prejuízos que tem causado ao Estado angolano.
O governante pediu o apoio dos órgãos de comunicação social para sensibilizar a sociedade que a destruição de postes de transformação de energia, o furto de 400 parafusos da linha férrea do Caminho-de-Ferro de Luanda, como ocorreu na semana passada, são “a todos os níveis inaceitáveis, pois o comboio é um bem público, cujo acesso ao mesmo não se faz na diferenciação por estrato social”.
“Devemos ser todos fiscais da coisa pública, porque beneficia a todos”, disse o ministro.
A polícia anunciou segunda-feira que foram já detidos cinco suspeitos do furto de 400 parafusos da linha férrea do Caminho-de-Ferro de Luanda, que deixou destruídos 150 metros da linha no ramal ferroviário do Zenza-do-Itombe, no Dondo, município de Cambambe, província do Cuanza Norte.
Relativamente ao funcionamento da Direção de Administração e Serviços do Ministério do Interior (Minint), Eugénio Laborinho disse haver consciência de que apesar dos esforços empreendidos pelo pessoal, muitos ainda são os constrangimentos que advêm da funcionalidade deste órgão, por escassez da complementaridade das estruturas que intervêm de forma direta ou indireta na sua ação.
“Com este conselho, esperamos que se obtenham melhorias da dinâmica do procedimento administrativo e burocrático, no tratamento de todas as questões inerentes ao órgão, com vista a dar suporte às decisões superiores”, afirmou.
Por sua vez, o diretor da Direção de Administração e Serviços (DAS), subcomissário de Migração Jacinto Mendes, disse que várias dificuldades, essencialmente financeiras, têm dificultado o trabalho daquele departamento ministerial.
“Aquando da nossa chegada nos destinos da DAS, encontrámos as estruturas do edifício sede do Minint a carecerem de intervenções, em função do estado de desgaste que vem demonstrando em algumas áreas. Medidas tendentes à inversão do quadro têm sido tomadas, o que vem devolvendo a sua boa imagem, embora reconheçamos que muito ainda deve ser feito para a imagem que se pretende dar ao edifício sede”, salientou.