COVID-19: Angola regista “terceira vaga da pandemia” com pico este mês

Angola está a registar a terceira vaga de covid-19, com pico este mês e tendência crescente de transmissão do vírus entre a população, por força da circulação de novas variantes, refere o comunicado final do Conselho da República

O Conselho da República, órgão de consulta do chefe de Estado, esteve hoje reunido e abordou assuntos sobre a situação da covid-19 em Angola, o processo de auscultação pública de alteração da divisão político-administrativa e a preparação do processo eleitoral no país.

Sobre a pandemia de covid-19, o comunicado lido no final da reunião pela porta-voz, Rosa Cruz e Silva, refere que a doença continua a constituir uma grave ameaça à vida dos cidadãos e ao crescimento económico do país, sendo a estratégia mais eficaz de prevenção e combate a vacinação da população.

O documento sublinha que devem continuar a ser empreendidos esforços pelo Governo para a aquisição de vacinas, tendo em vista a meta de se assegurar uma cobertura de vacinação de 60% da população.

Os conselheiros apelaram a que seja melhorada a comunicação por parte da Comissão Multissetorial de Prevenção e Combate à Covid-19, para que seja travada a tempo a desinformação, ampliada a sensibilização da população e reforçada a mobilização para uma adesão em massa ao processo de vacinação e observação das medidas de prevenção, bem como reforçar a abordagem do tema covid-19 em línguas nacionais.

A necessidade de aumento dos postos de vacinação e da oferta de transporte público para diminuir a aglomeração de cidadãos que potencia a propagação do vírus no seio das populações foram outras sugestões.

No que se refere à alteração da divisão político-administrativa de Angola, “com vista à necessidade de promoção do desenvolvimento económico e social do território nacional de forma harmoniosa, algo que, em elevada medida, é dificultado pela extensão geográfica do país”, os conselheiros elogiaram a iniciativa e apresentaram algumas sugestões sobre a situação de algumas localidades e questões de toponímia, que foram submetidas à comissão.

No ponto sobre a preparação das próximas eleições gerais de Angola, previstas para 2022, foi prestada informação sobre a construção da nova sede do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que inclui o Centro de Escrutínio Nacional, cujas obras deverão estar concluídas em abril de 2022.

O andamento das diferentes fases do processo, como o registo eleitoral oficioso no interior e exterior do país, foi igualmente dada a conhecer no encontro.

O Conselho da República de Angola é integrado por várias individualidades do país, nomeadamente o vice-presidente da República, o presidente da Assembleia Nacional, líderes dos partidos políticos com assento parlamentar, o procurador-geral da República, o presidente do Tribunal Constitucional, o ex-presidente da República, bem como membros da sociedade civil.

 

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