O Governo da Província de Luanda manifestou-se hoje preocupado com as enchentes que se verificam nos funerais, em desrespeito das medidas de segurança determinadas pelas autoridades na luta contra a covid-19.
Num comunicado de imprensa, o governo provincial de Luanda referiu que se tem assistido, nos últimos tempos, na capital angolana, ainda sob cerca sanitária, “comportamentos condenáveis na via pública, principalmente durante a realização de funerais nos cemitérios da capital”.
A nota realça que o Decreto Presencial sobre a Situação de Calamidade Pública estabelece que nos funerais de pessoas que tenham como causa de morte a covid-19 são permitidos até cinco participantes, sem prejuízo de outras regras definidas pelas autoridades sanitárias, devendo realizar-se apenas no período da tarde, no caso concreto no Cemitério de Benfica.
“Estas normas legais têm sido visivelmente violadas, agravada com a prática do comércio de bebidas alcoólicas e outros produtos, nas pedonais, nas bermas das estradas, ruas e ruelas, bem como no exterior dos cemitérios, provocando aglomerados que denunciam um comportamento negligente dos munícipes, face ao aumento de casos positivos que atingem cifras preocupantes”, refere o comunicado.
O governo provincial de Luanda faz um apelo às administrações municipais, comunais e distritais e à polícia para redobrarem os esforços para que a população cumpra com as medidas de biossegurança contra a covid-19 e responsabilizarem todos os incumpridores das mesmas e todos os que promovam a desobediência.
Ao trabalho de sensibilização e consciencialização das comunidades, a autoridade máxima da capital angolana chama as organizações da sociedade civil, nomeadamente organizações juvenis, igrejas e outras associações socioprofissionais.
Angola registou até quinta-feira um total de 38.091 casos positivos de covid-19, dos quais 881 óbitos e 32.340 recuperados.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos 3.903.064 vítimas em todo o mundo, resultantes de mais de 179.931.620 casos de infeção diagnosticados oficialmente, segundo o balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 17.081 pessoas e foram confirmados 871.483 casos de infeção, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.