O Ministério da Saúde de Angola garantiu hoje que não há falta de vacinas para administração da segunda dose a nível do país, que até à data já vacinou 1.492.548 pessoas.
Numa declaração à imprensa, o secretário de Estado para a Área Hospitalar, Leonardo Inocêncio, relembrou que o plano de vacinação teve início no dia 02 de março deste ano, tendo duas etapas, a primeira com o objetivo de vacinar 20% da população, nomeadamente pessoal ligado à saúde, ensino, idosos acima de 65 ano com comorbidades, forças de defesa e segurança e autoridades em função executiva.
Na segunda etapa, se prevê vacinar a população dos 18 aos 39 anos, vendedores de mercados populares, motoristas de viaturas de serviços públicos, moto-taxistas e todos que vão totalizar 29% da população.
Leonardo Inocêncio frisou que foram chamadas as pessoas que fizeram a primeira dose para tomarem a segunda dose da vacina, processo que termina este sábado.
“Informamos que estamos a fazer tudo para garantir a segunda dose a todas as pessoas e reiteramos que o plano nacional de vacinação tem quatro vacinas fundamentais a AstraZenca, Sinopharm, Sputnisk e Pfizer”, referiu o governante angolano, salientando que as mesmas têm sido adquiriras através da iniciativa Covax, de acordos bilaterais e de doações.
Leonardo Inocêncio disse que estão em curso outras iniciativas, que mais adiante vão informar atempadamente.
“Chamar atenção às pessoas vacinadas com a vacina da AstraZeneca, Sinopham, Pfizer, que a segunda dose está garantida e vão apanhar no prazo estabelecido. Quanto à Sputnik, há um ligeiro atraso, mas a mesma far-se-á em tempo adequado, para antes de 90 dias termos a segunda dose para todos que já fizeram a sua primeira dose”, adiantou.
O secretário de Estado para a Área Hospitalar disse que a aquisição de vacinas está a ser um desafio a nível internacional, que apesar do mercado concorrido, as autoridades angolanas estão a fazer esforço, com vista a garantir a vacina para todos os seus cidadãos.
“Apelamos sobretudo à calma neste momento, principalmente para os que fizeram a primeira dose da vacina da Sputnik, pelo que já referimos anteriormente. Continuamos a trabalhar afincadamente na diplomacia de saúde, para aquisição de mais vacinas para todos os cidadãos”, sublinhou.
A implementação do plano de vacinação arrancou em Angola prioridade para as pessoas mais expostas e de maior risco, nomeadamente os trabalhadores de saúde, professores, forças armadas, defesa e segurança e pessoas com mais de 65 anos, com comorbidades associadas, processo que foi expandido às 18 províncias do país.
Durante três meses, foram disponibilizadas vacinas em 175 postos de vacinação, dos quais 45 postos de alto rendimento, e através de 130 equipas avançadas, que se deslocaram aos municípios e a lares de idosos, centros de hemodiálise e ao encontro de pessoas privadas de liberdade e com dificuldade de mobilidade.
“Nesta fase, foi administrada um total e 1.492.548 doses, destas 944.931 foram primeiras doses e 547.000 segundas doses”, informou a diretora nacional de Saúde Pública, Helga Freitas.
No setor da saúde, foram vacinadas 272.963 pessoas, com a primeira dose, e 145.024, com a segunda dose.
Na educação beneficiaram da primeira dose 195.264 pessoas, e receberam a segunda dose, 147.049 trabalhadores.
Relativamente às forças de defesa e segurança, foram vacinados 198.277 utentes, com a primeira dose, e destes já fizeram, a segunda dose 140.777 pessoas.
Quanto ao grupo de pessoas com mais de 65 anos e com comorbidades associadas, foram vacinadas 95.973, com a primeira dose, e destas 73.705 já fizeram a segunda dose.
Helga Freitas informou que o stock da vacina da AstraZeneca foi utilizado na sua totalidade e sem perdas para as primeiras e segundas doses.
Segundo a responsável sanitária, os utentes da AstraZenca que receberam a vacina depois de 24 de maio, terão que aguardar a comunicação para a sua segunda dose, realçando que estas pessoas ainda não cumpriram o tempo para fazerem a segunda dose.
“Estamos neste momento a administrar a segunda dose da Sinopharm e iniciaremos amanhã [sábado] a segunda dose da vacina Pfizer”, acrescentou.
Sobre a Sputnik, Helga Freitas frisou que, dado que o período entre a primeira e a segunda dose é de três meses, será oportunamente comunicada a data para o início da segunda dose.
“A forma rigorosa como temos estado a gerir a escassa vacina e a administração cuidada têm permitido implementar com sucesso o objetivo do Ministério da Saúde, o de não perder uma só dose que seja, o que tem permitido e irá permitir garantir o acesso do país a mais vacinas seguras”, destacou.
Angola registou até à data 38.371 casos positivos, 883 mortos, 32.605 recuperados e 4.883 ativos.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos 3.903.064 vítimas em todo o mundo, resultantes de mais de 179.931.620 casos de infeção diagnosticados oficialmente, segundo o balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença respiratória é provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.