COVID-19: Ministra da Saúde angolana diz que país está “alerta” para novas estirpes

A ministra da Saúde afirmou hoje que Angola está “alerta” para o surgimento de novas estirpes e que o processo de vacinação contra a covid-19 está a decorrer “sem sobressaltos”, esperando mobilizar os parceiros internacionais para atingir as metas.

Sílvia Lutucuta, que falava após uma visita do presidente do Conselho Europeu ao centro de vacinação Paz Flor, disse que Charles Michel se mostrou “sensibilizado” com o trabalho que o país está a desenvolver no combate à covid-19, em particular na campanha de vacinação, iniciada em 02 de março.

“Para as doses que nós tínhamos, fizemos a vacinação com um ritmo bastante acelerado”, referiu a ministra, adiantando que Angola recebeu cerca de um milhão de doses de vacinas da AstraZeneca no âmbito da iniciativa Covax.

Angola já imunizou cerca de 513 mil pessoas, com “uma atenção especial” à província de Luanda onde existe circulação comunitária da estirpe selvagem, inglesa e sul-africana, prosseguiu, destacando o interesse em sensibilizar os parceiros internacionais para obter mais vacinas, um assunto que foi abordado com o presidente do Conselho Europeu.

“Dentro do possível, ele vai também ajudar o nosso país nesta mobilização global. A nossa esperança é conseguir uma maior quantidade de vacinas, o mais rápido possível”, sublinhou Sílvia Lutucuta, acrescentando que este é o melhor momento para vacinar, antes de um cenário de aumento do número de casos.

Esta semana, a ministra anunciou que Angola, atualmente com 26.431 casos, se encontra em “plena segunda vaga” da pandemia, com os números de infeções a aproximarem-se do pico da doença, em outubro do ano passado.

Uma situação que espera controlar com a sensibilização da população e o reforço da “diplomacia da saúde” para conseguir atingir a meta de cerca de 52% de cidadãos vacinados.

Sílvia Lutucuta admitiu que a situação que se vive na Índia é uma “preocupação mundial”, salientando que a globalização dificulta o controlo da entrada das novas estirpes, apesar das “barreiras” que estão estabelecidas como o teste pré-embarque e a testagem pós-desembarque no aeroporto de Luanda.

A governante adiantou ainda que as autoridades angolanas estão a fazer genotipagem em parceria com uma universidade sul-africana para detetar as novas estirpes e até agora não foi identificada a variante indiana.

“Mas temos de estar em alerta, nós temos áreas da nossa economia que têm profissionais daquelas latitudes, vamos ter cuidado, continuar com vigilância epidemiológica assertiva”, concluiu.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.168.333 mortos no mundo, resultantes de mais de 150,4 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

 

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