O Sindicato Nacional de Professores e Trabalhadores do Ensino Não-Universitário (SINPETU) angolano decidiu “suspender temporariamente” a segunda fase de greve nacional, com início previsto para hoje, devido ao encurtamento do ano escolar, manifestando-se “solidário com as autoridades”.
Segundo o secretário-geral do SINPTENU, Victor Gimbi, a decisão da suspensão da segunda fase da greve, prevista entre 24 e 27 de maio, foi deliberada no passado dia 19 de maio, sobretudo por conta do encurtamento do ano letivo 2020/21 motivado pela covid-19.
A terceira fase da greve, prevista entre 14 de junho e 02 de julho, foi igualmente suspensa para “posteriores momentos de reivindicação de uma forma mais folgada”.
“Deliberámos, no dia 19 de maio, suspender a greve em função do encurtamento do ano letivo, que, sabemos todos, foi de bastante turbulência para a sua conclusão, e nós, olhando para a situação epidemiológica, achámos por bem deliberar a suspensão da segunda e terceira fases”, afirmou hoje Victor Gimbi, em declarações à Lusa.
A primeira fase da greve decorreu entre 22 e 27 de abril passado.
Melhores condições laborais, aumento salarial, promoções, acerto de categorias, implementação do transporte professores ou do respetivo subsídio e a criação de meios mais eficientes e constantes para a proteção dos agentes da educação contra a covid-19 são algumas das reivindicações dos docentes angolanos.
O aumento significativo de novos casos da covid-19 levou as autoridades angolanas a anteciparem para 30 de junho o término do ano letivo, um mês antes do previsto, segundo um decreto do Ministério da Educação.
As provas trimestrais nas classes de transição tiveram início nesta segunda-feira e decorrem até 03 de junho e para as classes de exame, serão entre 07 e 18 de junho.
“Solidarizamo-nos com as autoridades pelo esforço que têm estado a fazer para controlar e combater a covid-19 e está é a razão fundamental que nos levou a suspender a vigência da segunda e terceira fases da greve para posterior ocasião quando a situação estiver mais calma”, realçou o secretário-geral do SINPTENU.
Angola, que cumpre a 13ª prorrogação da situação de calamidade pública, conta com 32.441 casos positivos, sendo 26.778 recuperados, 4.938 ativos e 725 óbitos.