Eleições Gerais 2022: Apoiantes da UNITA criticam “inclusão de Abel Chivukuvuku” na lista como candidato a vice-presidente

Secretário-Geral do partido diz que contestação “é normal” mas “não vamos perder tempo com os ainda se perdem na linguagem retrógrada.”

Apoiantes e militantes da UNITA protestaram na terça-feira, 21, contra a inclusão de Abel Chivukuvuku como número dois da lista do partido às eleições de 24 de Agosto e outros integrantes do projecto Pra-Já – Servir Angola, bem como um antigo militante do MPLA.

O secretário-geral da UNITA, Álvaro Chikwamanga, considerou o protesto de “normal” mas disse que “não vamos perder tempo com os ainda se perdem na linguagem retrógrada.”

O protesto aconteceu à porta do Tribunal Constitucional, onde o partido entregou a sua lista de candidatos a deputados.

Abel Chivukuvuku, que abandonou a UNITA e criou a Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE) e agora é promotor do projecto político Pra-Já Servir Angola, é o candidato a vice-presidente à frente de várias figuras do partido.

Um dos líderes do protesto foi o antigo dirigente do braço juvenil da UNITA, Rafael Mukanda, quem disse não querer também a inclusão do antigo membro do MPLA, Francisco Viana.

Mukanda acusa Adalberto Costa Júnior de ter uma agenda pessoal e de privilegiar os que, alega, terem “traído a UNITA”.

O grupo empunhava cartazes que apelavam ao respeito pelo “Sacrifício dos Heróis Conhecidos e Anónimos da Causa da UNITA” e rejeitavam o nome de “Abel Chivukuvuvku e os seus Sequazes na Lista da UNITA Não!”.

“Não façam da UNITA o Meio para Salvar os Preguiçosos”, “O Partido não é Propriedade do ACJ para Fazer e Desfazer, o Partido é Propriedade dos Angolanos”, foram outros dísticos carregados pelos manifestantes.

UNITA defende sua lista

Contactado pela VOA, o secretário-geral do segundo maior partido angolano, Álvaro Chikwamanga, considerou “normal” a contestação da lista de candidatos e assegurou que os eleitos fazem parte da estratégia do seu partido.

Chikwamanga disse que “as contestações são normais em regimes democráticos e nós temos que saber conviver com as diferentes correntes no seio do partido”, mas avisou que “não vamos perder tempo com os ainda se perdem na linguagem retrógrada”.

Quanto à lista, o dirigente da UNITA acrescentou tratar-se de uma lista de candidatos “arco-íris, composta por astros da política angolana, inclusiva e com aposta na transição geracional”.

Adalberto Costa Júnior é o candidato a Presidente da República, enquanto figuras do partido como o antigo presidente Isaías Samakuva e os generais Abílio Kamalata Numa e Paulo Lukamba Gato não fazem parte da lista por alegada vontade própria.

 

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