Eleições Gerais 2022: CASA-CE propõe “120 candidatos” a deputado para as eleições gerais de 24 de Agosto

A Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE) apresentou hoje ao Tribunal Constitucional (TC), em Luanda, uma lista de 120 candidatos a deputado para as eleições gerais de 24 de Agosto próximo.

Na lista entregue ao Tribunal Constitucional (TC) pelo mandatário da candidatura, Carlos Jacinto, a CASA-CE pretende concorrer com Manuel Fernandes à Presidência da República e Alexandre Sebastião André à Vice-Presidência da República.

Em declarações à imprensa no termo da cerimónia de entrega, o coordenador-geral da campanha da CASA-CE, Sikonda Lulendo, “explicou que foram igualmente apresentadas mais de 21 mil assinaturas de cidadãos nacionais que apoiam a candidatura”.

Lulendo disse que com essa cifra que ultrapassa as 15 mil subscrições que a lei exige para o efeito, a sua formação política política pretendeu evitar os transtornos de suprir eventuais insuficiências a detetar pelo Tribunal Constitucional (TC).

Com este passo, “a CASA-CE  tornou-se na segunda formação política a formalizar a sua candidatura junto do TC, depois do MPLA”, actual partido no poder, em Angola.

Este último deu entrada do seu processo, a 08 de Junho corrente, dois dias após a abertura da fase de apresentação de candidaturas que termina a 25 de Junho corrente.

Em quatro pleitos eleitorais já realizados, a CASA-CE registou a sua primeira participação em eleições gerais, em Angola, em 31 de Agosto 2012, cerca de quatro meses após a sua criação por Abel Chivukuvuku e André Gaspar Mendes de Carvalho “Miau”.

Se a sua candidatura for validada pelo Tribunal Constitucional (TC), as eleições gerais deste ano serão a sua terceira participação consecutiva, depois de eleger oito deputados, em 2012, e 16 no escrutínio seguinte (2017), tornando-se na terceira força política do país.

Os resultados obtidos nas últimas eleições (2017) permitiram à Coligação então liderada por Abel Chivukuvuku ultrapassar o Partido de Renovação Social (PRS) como segunda maior força política da oposição, em Angola, depois da UNITA.

Chivukuvuku abandonou a aliança dois anos depois, cedendo o lugar ao seu co-fundador André Gaspar Mendes de Carvalho.

Desde Fevereiro de 2021, a CASA-CE é liderada pelo jovem Manuel Fernandes, agora proposto como “cabeça-de-lista” ou “número um” da lista de deputados para as próximas eleições.

Desde 2010, os eleitores angolanos escolhem o Presidente da República e o Vice-Presidente indirectamente a partir da lista de candidatos a deputado, sendo eleitos nesses postos respectivamente o primeiro e o segundo da lista da formação política vencedora das eleições.

Foi uma inovação introduzida pela reforma constitucional de 2010 que revogou o sistema eleitoral anterior, em que o Presidente da República era eleito directamente a partir de boletins de voto separados das listas partidárias.

Integram a CASA-CE o Partido de Aliança Livre de Maioria Angolana (PALMA), o Partido de Apoio para Democracia e Desenvolvimento de Angola – Aliança Patriótica (PADDA-AP), o Partido Pacífico Angolano (PPA), o Partido Nacional de Salvação de Angola (PNSA) e o Partido Democrático para o Progresso de Aliança Nacional Angolana (PDP-ANA).

Estas serão as quintas eleições gerais da história do país, depois das realizadas em 1992, 2008, 2012 e 2017.

O conflito armado que se seguiu à crise pós-eleitoral de Setembro de 1992 interrompeu a regularidade do processo democrático até 2008, quando o país retomou a via eleitoral como resultado do fim da guerra, em Fevereiro de 2002.

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