Eleições Gerais 2022: CASA-CE propõe “centro único” da oposição para contagem de votos

A Terceira maior força política de Angola, a CASA-CE, propôs a criação de um centro único de contagem paralela de votos da oposição nas próximas eleições de 24 de Agosto. Manuel Fernandes diz que em Angola “mortos ainda podem votar” e acrescenta que luta para vencer.

Falando a jornalistas num almoço para apresentar o programa eleitoral da coligação, o presidente da CASA-CE Manuel Fernandes disse que a oposição deve evitar que casa partido “crie o seu centro de escrutínio, a CASA-CE faça o seu, a UNITA crie o seu”.

“Até para se evitar dispersão de esforços nós entendemos que devemos construir um único centro paralelo de contagem de votos para toda a oposição”, disse.

Manuel Fernandes disse que se enganam aqueles que julgam que a CASA-CE está na luta apenas para defender o terceiro lugar ou para ganhar alguns lugares no parlamento.

“Nós vamos participar nestas eleições para vencer e não para conseguir alguns lugares apenas, se não nem se quer teríamos um programa de governo”, disse.

A este respeito disse que se vencer as eleições uma das primeiras medidas da CASA-CE vai ser acabar com o ministério da Comunicação Social.

No que diz respeito à economia Manuel Fernandes disse que “temos que apostar mais na nossa produção nacional para satisfazer o consumo nacional e com excedente exportar e resolver de vez o problema da diversificação da economia”.

“Enquanto não se fizer isso nunca o país terá salários que de facto dignifiquem as famílias”, disse.

Sobre o combate a corrupção a CASA-CE defende um novo modelo baseado na negociação directa com os que delapidaram os recursos ao invés de medidas musculadas e defende também a implementação das autarquias num prazo de dois anos.

O presidente da CASA-CE manifestou dúvidats quanto à lisura do processo eleitoral afirmando que as lisas eleitorais continuam a conter os nomes de pessoas que já morreram agumas delas há 20 anos e com a indicação do seu local de voto.

“Percebemos do ministro da Justiça que desde 2002 que infelizmente não se consegue retirar os mortos da base de dados estamos perante um problema terrível, um problema muito sério, pela primeira vez, não sei se ha paralelo no mundo, mais uma vez uma inovação no país, os mortos também estão habilitados a votar a 24 de Agosto”, disse.

 

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