EUA: Campanha Contra Líder da UNITA prejudica “João Lourenço”

A alegada campanha de descrédito levada a cabo contra o líder da UNITA, Adalberto Costa Júnior (ACJ), está a favorecer este, em termos de crescimento da sua popularidade, e a prejudicar o PR, João Lourenço.

Segundo a Newsletter África Monitor (acesso restrito), os factores considerados na referida avaliação prendem-se como o facto do papel de “vítima” que é associado a Costa Júnior, gerar sentimentos de comiseração em relação a si próprio, a capacidade de resistência ante um adversário mais poderoso, também referenciada nele, azo a sentimentos de admiração.

De acordo com a fonte, JLO é visto como “comprometido” com a campanha contra Adalberto Costa Júnior, pois, a alegada campanha gera “sentimentos negativos”, entre os quais de apreensão, como foco de instabilidade.

A publicação adianta que o sentimento colectivo que apresenta JLO como “comprometido” com a campanha é alimentado pela ideia de que é a órgãos da PR (GAPI, sobretudo) ou a outros, como o SINSE, colocados na sua dependência, que tem cabido um papel activo na mesma.

O episódio do chamado “almoço da paz”, contribuiu para reforçar a ideia da vinculação de JLO à campanha contra o líder do “Galo Negro”.

A associação instintivamente estabelecida entre JLO e a campanha contra ACJ também o desfavorece por efeito de generalizadas considerações negativas quanto a aspectos da mesma – entre as quais os métodos considerados repetitivos que emprega e o seu desfasamento ante realidades do presente como a existência de um ambiente social politicamente mais desperto e informado.

No senso comum, o “almoço da paz”, realizado no palácio presidencial, foi organizado para embaraçar/isolar ACJ. Apesar do significado original da iniciativa (evocar o acordo de paz de 2002 entre o Governo e a UNITA), nem ACJ, actual presidente da UNITA, nem aquele que, à data, exercia interinamente a função, Lukamba Gato, foram convidados para o almoço. Ambos são considerados próximos entre si.

Em lugar de ACJ, o Protocolo da PR convidou o antecessor de ACJ no cargo, Isaias Samakuva e duas outras figuras da UNITA, Samuel Chiwale e Miraldina Jamba.
Samakuva é internamente visto como crítico de ACJ, enquanto os outros são próximos do mesmo. A exploração mediática da presença dos três na iniciativa (a Samakuva estava inclusivamente reservado um lugar próximo de JLO), visava pressionar/isolar ACJ, sustenta o AM.

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