EUA: Primárias republicanas testam “influência” de Donald Trump no partido

A influência de Donald Trump sobre os republicanos fez-se sentir em várias eleições primárias paras as escolhas dos candidatos do partido a diversos cargos políticos, com resultados mitigados.

Na terça-feira de manhã, Trump ligou-se à rede social que criou, depois de ter sido banido da Twitter, e lançou uma série de mensagens.

“Grande noite para os candidatos apoiados por Trump ontem à noite”, garantiu, em referência à série de eleições primárias realizadas para apurar os candidatos a postos como congressistas e governadores.

Desde o início de maio, “quando começou a época das primárias para as eleições de meio do mandato presidencial, que vão determinar o equilíbrio das forças políticas nos EUA durante os dois próximos anos, a maioria dos candidatos apoiados pelo ex-presidente conseguiu a nomeação republicana”.

Mas na terça-feira alguns candidatos apoiados por Trump falharam a escolha.

Foi o caso de Madison Cawthorn, de 26 anos, membro da Câmara dos Representantes, envolvido em numerosas polémicas — como a que provocou ao revelar que tinha sido convidado para uma orgia por outros políticos –, que não conseguiu a investidura para voltar a disputar o seu lugar de eleito pela Carolina do Norte.

Mas todos os projetores estavam focados no Estado da Pensilvânia, conhecido pelos seus centros urbanos e pelas suas indústrias em declínio, onde uma primária para o Senado, que parecia decidida a favor de um cirurgião ex-estrela televisiva, por quem Trump fez campanha pessoalmente, ainda estava hoje por decidir.

Mas Trump não se importou.

“Oz ganhou!”, declarou hoje de manhã na sua rede social, sem qualquer prova de suporte.

Depois, como que a antecipar o cenário contrário, de o candidato que apoia poder perder, Trump regressou às mensagens uma hora depois.

“Lembremo-nos de que os três candidatos republicanos na Pensilvânia eram todos ‘Ultra’ MAGA!”, disse, aludindo ao seu slogan eleitoral (‘Make America Great Again’).

Mensagem subliminar: ganhe ou não o seu candidato, Trump controla as tropas republicanas.

Depois, mais tarde, perante a continuação da ausência de resultados na Pensilvânia, Trump mostrou-se irritado.

“Na Pensilvânia, são incapazes de contar os votos por correspondência”, deplorou.

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