EUA: Três meses e 15 dias “à deriva, lutando pela vida”. Pescadores angolanos resgatados em São Tomé

Dois dos pescadores angolanos desaparecidos desde 23 de janeiro no rio Zaire, em Angola, foram resgatados no mar de São Tomé por pescadores do arquipélago, indicou este sábado a Capitania dos Portos. Os dois sobreviventes estão internados no Hospital Dr. Ayres de Menezes, na capital são-tomense

Dois dos pescadores angolanos desaparecidos desde 23 de janeiro no rio Zaire, em Angola. foram resgatados no mar de São Tomé por pescadores do arquipélago, indicou este sábado a Capitania dos Portos.

“Dois pescadores saíram para atividades de pesca desde janeiro, por infelicidade o motor caiu na água, não conseguiram voltar, ficaram todo esse tempo no mar e só agora foram encontrados pelos pescadores são-tomenses”, disse aos jornalistas Maikel Madre de Deus, Segundo-Tenente da Capitania dos Portos.

Foram três meses e 15 dias “à deriva, lutando pela vida”, explicou o militar.

Eram quatro os pescadores angolanos que saíram para a pesca em Angola, mas apenas dois sobreviveram, tendo vindo parar a São Tomé. Os corpos dos dois passageiros foram lançados à água pelos companheiros.

Os dois sobreviventes estão internados no hospital de São Tomé e não foi autorizada a recolha dos seus testemunhos.

“Partiram quatro para a atividade de pesca, mas infelizmente dois morreram e apenas dois foram encontrados “, explicou o responsável, salientando que o estado de saúde dos dois sobreviventes não inspira cuidados.

Um deles “está um pouco debilitado, mas o outro aparenta-se normal e encontram-se na urgência do hospital sob cuidados médicos”, acrescentou Maikel da Madre de Deus.

Os pescadores angolanos resgatados pelos seus colegas de São Tomé encontravam-se com os seus respetivos documentos e nos próximos dias poderão ter alta.

A Capitania dos Portos disse que vai entregá-los à Embaixada de Angola na capital são-tomense para providenciar “os próximos passos a dar”.

“Eles foram encontrados à deriva por dois pescadores são-tomenses, foram trazidos para a costa e entregues a capitania dos portos. Vamos contactar a embaixada de Angola para aferir se de facto são pescadores angolanos e, em caso afirmativo, a embaixada cuidará do resto”, referiu o militar.

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