Presidente guineense tinha advertido que “resultados eleitorais têm de ser respeitados à letra e se não for assim haverá consequências”
O Chefe de Estado da Guiné-Bissau considerou que o projectado Presidente americano Joe Biden merece a “importante designação democrática decidida pelo povo” devido à “nova abordagem diplomática nos acordos internacionais para resgatar os valores e princípios do multilateralismo”.
Em nota distribuída à imprensa neste domingo, 8, em que felicita Biden, Úmaro Sissoco Embaló formula votos de sucesso” pela “ampla vitória” e diz esperar que “os Estados Unidos da América sejam um parceiro fundamental na estratégia de segurança e desenvolvimento da República da Guiné-Bissau”.
Também no campo bilateral, o Presidente guineense deseja ver “um mercado aberto para as exportações de matérias-primas da Guiné-Bissau nos próximos cinco anos no âmbito da Lei do Crescimento e Oportunidades para a África (AGOA)”.
Consequências em caso de fraude
Entretanto, ontem, 7, em declarações aos jornalistas em crioulo antes de viajar para a Mauritânia, o Presidente tinha dito estar a acompanhar a eleição e que se houve fraude haveria consequências, sem dizer quais.
“Estamos a acompanhar com preocupação (as eleições americanas), mas chamamo-lhes atenção de que não vamos permitir nenhum tipo de desordem nos Estados Unidos. Os resultados eleitorais têm que ser respeitados à letra, e se não for assim haverá consequências”, afirmou Sissoco Embaló, que fez uma analogia com a eleição dele.
“Não há Estados pequenos no concerto das nações. Não vamos permitir nenhum Domingos (Simões Pereira) lá. Perdeu eleições e diz que não perdeu. Domingos tem que acabar aqui e Dominguinhos não vamos permitir nos Estados Unidos. Já lhes mandei mensagem para dizer que estamos preocupados, mas não vamos permitir nenhuma desordem nos Estados Unidos”, concluiu Úmaro Sissoco Embaló.