A Câmara de Comércio de Taizhou em Angola contratou um escritório chinês de advogados para “melhor proteger os direitos e interesses dos seus membros” devido às “mudanças na política e economia locais”.
Segundo o Departamento de Justiça da Província de Jiangsu, adjacente a Xangai, a Jiangsu Guanqian Law Firm vai ajudar a “proteger melhor os direitos legais e interesses” dos membros da Câmara de Comércio.
A associação tem um papel “fulcral” na economia angolana e tem servido de “ponte de amizade” entre a China e Angola, mas enfrenta atualmente “uma situação mais complexa”, sublinhou um comunicado.
Zhu Xingya, diretor executivo da Jiangsu Guanqian, prometeu ultrapassar as dificuldades culturais e linguísticas para ajudar a associação a lidar com “disputas legais no estrangeiro”.
O escritório de advogados quer usar Angola como trampolim para mais tarde alargar a cobertura legal a outros países, acrescentou Zhu Xingya.
Em dezembro, o embaixador da China em Angola, Gong Tao, tinha aconselhado os empresários chineses a reforçar o investimento em segurança devido à “recente deterioração do ambiente de segurança pública”.
A Câmara de Comércio de Taizhou em Angola reúne empresários com ligações à cidade de Taizhou, na província de Jiangsu.
A empresa Jiangsu Jiangzhou Agricultural Science and Technology Development Co., Ltd investiu 12 milhões de dólares (10,15 milhões de euros) no projeto agrícola Jiangzhou Agriculture, na província do Huambo.
O projeto gerou 180 postos de trabalho no cultivo de vegetais, fruta e cereais e na criação de gado bovino numa área de 2.544 hectares no município da Chicala-Cholohanga.
Uma delegação das autoridades de Taizhou visitou o Huambo em dezembro de 2019, tendo ficado marcada para maio de 2020 a visita de um grupo de empresários da província angolana à China.
A iniciativa foi cancelada devido à pandemia de covid-19.