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Ministra das Finanças (MINFIN), Vera Daves de Sousa diz que “educação e infraestruturas” são prioridades para Angola

A Ministra das Finanças de Angola (MINFIN), Vera Daves de Sousa, disse hoje, numa conferência do Fundo Monetário Internacional (FMI), que a Educação e as infraestruturas são as prioridades do Governo para desenvolver o país e atrair investimento externo.

“Nos últimos cinco anos temos apostado mais na Saúde do que na Educação, para ser honesta, mas agora que estabilizámos vamos colocar mais energia na Educação, em combinação com investimento nas infraestruturas”, disse Vera Daves de Sousa no Fórum Orçamental Africano, organizado hoje pelo FMI, respondendo à questão sobre como equilibrar a despesa pública com a contenção orçamental.

“O desafio é melhorar o ambiente empresarial para atrair Investimento Direto Estrangeiro”, disse a governante, reconhecendo que, “no papel, as condições estão lá, mas na prática é preciso que estejam lá também” e apontando melhorias na administração pública e na digitalização como importantes para atrair os investidores estrangeiros.

No Fórum, aberto pelo antigo ministro das Finanças de Portugal e diretor do departamento orçamental do FMI, Vitor Gaspar, Vera Daves de Sousa defendeu que o apoio internacional é importante para relançar o desenvolvimento dos países africanos, mas reconheceu que é preciso fazer o trabalho de casa.

“O apoio internacional devia realizar-se, devia ser objetivo, o critério para analisar e classificar quer os países em desenvolvimento quer os desenvolvidos devia ser justo e objetivo e vai ajudar-nos a trabalhar nessa base, mas os governos devem fazer a sua parte, mobilizando mais receitas, fazendo boas escolhas, gerindo bem a dívida e sendo transparentes sobre a boa governação e o combate ativo à corrupção”, disse Vera Daves de Sousa.

Para a governante, as iniciativas de apoio orçamental, como a iniciativa de suspensão do serviço de dívida ou os mecanismos de combate ao excessivo endividamento não serão suficientes sem os governos africanos aprovarem, eles próprios, medidas de controlo orçamental.

“É nossa responsabilidade, temos de ser nós a fazer. A reestruturação, o perdão de dívida, as ajudas internacionais, nada será suficiente sem isto, e devemos fazer a nossa parte”, salientou, desafiando também os cidadãos a contribuirem, nomeadamente os mais ricos, que devem pensar onde colocam as suas poupanças, se em bancos internacionais, se em bancos africanos, concluiu.

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