“Missão de paz com seis líderes africanos rapidamente em Moscovo e Kiev” — Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa

Uma missão de paz liderada por seis dirigentes africanos vai partir “o mais rapidamente possível” para a Ucrânia e a Rússia para tentar “encontrar uma solução pacífica para o conflito devastador”, anunciou hoje o Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa

Presidente sul-africano revela ter falado com os seus homólogos russo e ucraniano em “telefonemas separados” durante o fim-de-semana e espera “trocas sustentadas com ambos os líderes” durante a missão.

O Presidente sul-africano, anunciou nesta terça-feira, 16, que uma missão de paz integrada pelos chefes de Estado do Senegal, Zâmbia, República Democrática do Congo, Uganda, Egipto e África do Sul irá “o mais rapidamente possível” à Ucrânia e à Rússia para tentar “encontrar uma solução pacífica para o conflito devastador”.

Numa conferência de imprensa na Cidade do Cabo durante a visita do primeiro-ministro de Singapura, Lee Hsien Loong, Cyril Ramaphosa acrescentou que os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da Ucrânia, Volodymyr Zellenskyy “concordaram em receber a missão e os chefes de Estado africanos em Moscovo e em Kyiv”.

Ele revelou ter falado com os seus homólogos russo e ucraniano em “telefonemas separados” durante o fim-de-semana e que espera “trocas sustentadas com ambos os líderes” durante a missão.

“Esperamos ter discussões intensas”, afirmou o Presidente sul-africano, quem acrescentou que o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, foi informado da proposta de missão de paz africana “e acolheu-a favoravelmente”.

União Africana (UA) também foi informada da missão

Este anúncio surge depois de várias tentativas de mediação de dirigentes africanos, cujos países têm sido os mais afectados pela guerra, devido aos produtos que importam da Ucrânia e da Rússia.

Na semana passada, o embaixador dos Estados Unidos na África do Sul, Reuben Brigety, revelou que um navio de carga russo tinha atracado perto da Cidade do Cabo em Dezembro e regressou à Rússia com armas e munições.

O Governo sul-africano refutou as acusações e disse não haver qualquer registo de vendas de armas aprovadas pelo Estado à Rússia durante o período em questão.

Na segunda-feira, 15, o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas da África do Sul iniciou uma visita a Moscovo.

O Presidente russo, Vladimir Putin, e o chefe de Estado ucraniano, Volodymyr Zelensky “concordaram em receber a missão e os chefes de Estado africanos em Moscovo e em Kiev”, disse Ramaphosa numa conferência de imprensa na Cidade do Cabo.

Para além da África do Sul, a missão incluiria o Senegal, a Zâmbia, o Congo, o Uganda e o Egito, adiantou o chefe de Estado sul-africano.

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