O que o diálogo de JLO com a “juventude” nos diz sobre Angola?

O encontro do dia 26 entre JLO e representantes da Juventude Angolana, nos deu uma amostra das ideias e reflexos maioritários em Angola, e não apenas nos jovens porque nada que foi dito pelos convidados jovens foi muito diferente do que diriam seus mentores mais velhos.

Sendo que notei oito tendenciais que achei interessante:

Primeiro, notou-se que o Angolano tem uma devoção quase que religiosa ao Estado como centro da Sociedade, tanto como fonte da solução de todos os problemas e ou fonte de todos os problemas, Sendo o Presidente o detentor de um poder quase que divino de causar benefícios ou malefícios, chamado varias vezes de “Nosso Pai” ou “Pai da Nação” pelos convidados, em que parecia ser muitas vezes verdadeiras suplicas e nao perguntas, com uma reverencia muito acima do respeito normal que deve ser dado ao Presidente como chefe de Estado e representante do Estado e Povo Angolano.

Quase todas propostas feitas, seja pelos “Revú”, neutros ou “Bajú”, se resumia a um pedido de verbas do Estado, para “resolver” os problemas das pessoas que dizem representar, com propostas umas mais absurdas que as outras. Por exemplo os Taxistas querem gasolina subvencionada para poder aumentar sua margem de lucros, os moto-táxis querem que Empréstimos do governo para comprar motorizadas quando já existe um sistema privado em que o Patrão cede a motorizada ao empregado depois de este cumprir um prazo de serviço ou este simplesmente poupa dinheiro suficiente para comprar uma mota , o Clube Nacional de Arte Marcias Mistas (MMA na sigla Inglesa) quer assistência do Estado para sustentar sua organização ao invés de propor ao Estado um contrato de prestação de serviço para treinamento de efectivos da Policia, os ambientalistas e cientistas querem verbas para todo tipo de coisas, alegando que tem milhares de excelentes ideias que só podem se materializar com verba do Estado, enquanto que outro convidado quer que o Estado coloca nossos filhos na escola desde os seis meses de idade e reclama que as crianças pobres não tem merenda escolar, quando todos sabemos que merenda de álcool não falta aos seus pais na barracas dos musseques, e o presidente dos professores de civismo, no pais campeão pela falta de civismo, quer ter o estatuto de órgão de utilidade publica para literalmente ter um “ter orçamento do Estado”. Como se o Estado tivesse um pote magico aonde tira o dinheiro, o que já não acontece em Angola com a queda da receita petrolífera leva o governo a depender cada vez mais dos Impostos pagos por eu e você.

O desejo de ter “representatividade Jovem” no Conselho da República ou “uma lei da Juventude”, expressa por mais de um convidado, também é uma expressão do axioma do “Estado Todo Poderoso”, pois estas se resumem ao desejo de estar o mais próximo possível do centro do poder para poder tirar algum benefício ou evitar um maleficio. Isto contrasta com os países desenvolvidos, como os EUA, aonde a responsabilidade pessoal pelo seu próprio destino acaba causando elevada taxas de abstenção eleitoral porque muitas pessoas não sentem diferença em suas vidas com a mudança de governo, e muito até preferem viver isolados de qualquer forma de administração publica directa. O poder dos poderes Ocidentais nao tem origem interna ao Estado, mais vem da Economia rica que podem taxar e da sociedade forte que podem organizar.

Apenas duas propostas não pediram fundos do Estado: Uma melhor proteção dos direitos de autor e revisão da lei para permitir reciclagem.

Resumindo, todos membros e organizações da sociedade civil não passam de oportunistas querendo enriquecer a custa do pagador de impostos (as nossas custas). o petróleo já não vai poder cobrir as despesas do Estado e muito menos servir de pote magico. Se estas organizações não lucrativas fossem realmente úteis para a sociedade e seus “membros”, deveriam ser suportadas voluntariamente por estes ou por apoios privados locais, já que os Estrangeiros trazem algumas segundas intenções de cunho político.

Segundo, se notou que existe uma tendência geral do Angolano para a inação e esperar que um terceiro resolva seus problemas, neste caso o Estado e noutros talvez a família por exemplo, mesmo quando podemos agir com os nossos meios individuais. O maior exemplo foi o comediante dos Tunezas que reclamava, com emoção na voz, que o Cinema Angolano estava a morrer por falta de apoio financeiro do Estado. Porem se ele se importa tanto, e pessoalmente com o cinema nacional, porque não utiliza sua fama para ajudar a promover o cinema Angolano? Por exemplo a nova longa metragem Angolana “Ar Condicionado”, elogiada pelo Diario de Noticias de Portugal, tem menos de mil visualizações para seu trailer no Youtube, se os Tunezas promovessem o trailer aos seus 35.000 seguidores do Facebook seria ajuda bastante para o publicidade e sucesso comercial. Quase que “não custaria nada”.

Terceiro, os Bajú estão fora do controle e não conseguem moderar sua adulação teatral ao chefe, tanto os Baju profissionais como os amadores. Os profissionais, que tem a bajulação como carreira e fonte de rendimento, como o presidente da JMPLA ou CNJ, de quem obviamente não se espera críticas ao Presidente do MPLA, exageram nos seus elogios ao ponto de dar ao espectador a impressão que assistíamos a uma parodia de propaganda da Corrêa do Norte, e deveriam por isto serem demitidos. Os amadores se rastejavam aos pés do Titular do Poder Executivo, o elevando quase a condição de deus que pode resolver todos os seus problemas, ao ponto de um implorar, quase que chorando, para que não lhe fosse cortado o microfone porque “nunca mais terei esta oportunidade [na vida]”, em uma cena patética.

Infelizmente, JLO não teve a presença de espírito de mandar calar um destes idiotas, o que teria sido o melhor ato de seu consulado, porque a este ritmo temo que ele vai ser silenciado pelos aplausos dos Bajús como o JES.

Quarto, os opositores, sejam eles os Revú ou os partidos da oposição, estão presos na lógica do seu discurso ideológico e seguiram ao pé da letra sua pauta pré-programada sobre as autarquias, a repressão as manifestações, descentralização e Pobreza. Talvez a estratégia era de ter um discurso único, porem no final foi repetitivo, especialmente porque quase que nunca entraram nos detalhes, e fica a impressão que não são capazes de ter uma conversa normal sem que se transforme em pomposo discurso político, o que contrastou com o modo natural de JLO falar e responder as perguntas. O representante da JURA, juventude da UNITA, levou a teatralidade ao ponto de imitar o estilo e tom de voz do Isaias Samakuva, o que me leva a temer que o bajulismo contaminou a capoeira, e, como o Representante da JPA e do JRS, fez um discurso que teve o mesmo conteúdo e tom o que seus partidos, CASA-CE e PRS, teriam em qualquer palanque. O único que quebrou o molde foi o representante da FNLA que se felicitou que o Pai do Presidente da República foi representante da FNLA em Benguela, sendo desmentido pelo presidente que disse que a sua família sempre esteve ligada ao MPLA”, antes de fazer uma pergunta da qual não me lembroo teor mais por ter cido uma platitude da mesma estirpe que dos outros partidos,

Quase sempre as perguntas eram generalidades ditas em tom pomposo e emocional, empostado como de um pastor brasileiro dizimando os fieis Angolanos, focando quase sempre em criar uma narrativa que JLO seria um ditador sangrento. O JLO respondia pedindo exemplos concreto do que era acusado, e acabou ficando com uma imagem de sensatez ponderada em comparação a histriónica Revú-Oposicionista. O Presidente fez um bom trabalho em defender o Princípio da Lei e Ordem, e quebrou a narrativa quando citou o exemplo dos Coletes Amarelos na Franca que foram reprimidos com muito mais violência intencional por parte da polícia, em um país supostamente mais democrático que Angola.

O cume desta manobra dos Revús se deu quando a irmã do Inocêncio de Matos, elevado a estatuto de mártir por eles para fins de mobilização política depois de morrer na manifestação do dia 11, alegadamente por ter sido baleado segundo os revus ou atingindo por um objecto contundente segundo a policia , sugeriu o corpo foi sequestrado pela Governo durante duas semanas e pedia que o presidente o “liberta-se” para que seja enterrado pela família, JLO respondeu que não era sua atribuição cuidar deste assunto e que era injusto de o acusar de ser um sequestrador de mortos quando o corpo do Savimbi foi enterrado por iniciativa dele, e alias chamou atenção a teatralidade da irmã ao vivo, perguntando se achava que “iria causar um escândalo e aproveitar as cameras da TPA para o difamar com esta falsa acusação?”.

A troca de palavras entre o Mbanza Hamza e o JLO teve aquela impressão de uma conversa entre o sobrinho burro e seu Sábio Tio Paciente, primeiro quando o Mbanza exige que o MPLA vai descansar, quando isto só pode acontecer por deserção massiva de seus adeptos, seja de forma eleitoral ou oficiosa, depois quando o JLO pergunta ao Mbanza se ele se acha capacitado a substituir o MPLA, ao qual o jovem ingénuo responde que sim, não percebendo que uma pessoa não pode substituir um partido político e que para governar precisas de ter uma lista de contactos e de aliados extensa, uma pessoa que chega no “poder” sem estas bases acaba quase sempre afogada nas redes de interesses existentes e contra as quais eles não pode lutar por falta de auxiliares, como esta a acontecer com o Bolsonaro no Brasil e o Trump nos Estados Unidos, não basta ser presidente para ser se obedecido. Dai que, sorriso aos lábios, JLO diz ao Mbanza para “treinar mais”. Nas redes sociais milhares de jovens descrever este episódio como um “acto de coragem do Mbanza Hamza”, demonstrando assim que ingenuidade ainda é esta largamente presente na juventude Angolana.

Quinto, parece que ninguém neste pais se preocupa em conhecer profundamente os assuntos que critica, por exemplo quando a Jovem e Linda ambientalista reclama que vai se gastar mais com celebração de datas alusivas a parque do que com a gestão dos parques, um milhão de dólares contra sessenta mil dólares, o JLO tem de explicar a rapariga que alguns valores no orçamento são meramente indicativos e os partes sendo em via de serem concessionados a empresas privadas não haveria a necessidade do Estado gastar muito dinheiro com estes.

Sexto, foi irónico que uma estirpe de Xenofobia do estilo Sul Africano, que nasce da inveja dos nativos pelo sucesso de imigrantes em pequenos negócios e do rancor de ter de “trabalhar para um branco em minha terra”, parece viver no seio do grupo de pessoas que mais prega as ideias de Democracia e Tolerância, sendo que o JLO teve de se posicionar firmemente contra este discurso Racista, dizendo que “existem brancos maus e pretos maus, temos de combater a maldade, não a cor da pele”. Escrevi artigos sobre esta corrente racista na classe falante Angolana e a xenofobia na África do Sul

Outra ironia foi ver os pregadores da “descentralização administrativa” praticando a centralização do Poder quando insistem em dialogar direto com o poder central e ignorando assim as escalas intermediarias na prática. Este deslocamento entre o que o Angolano diz crer e o que ele faz nos factos parece ser uma constante de nossa cultura, como eu escrevi em meu artigo sobre Kuduro

Sétimo, ficamos com a impressão que os Revús ficaram divididos com o convite de participar no dialogo, com o Mbanza Hamza e Nito Alves comparecendo no evento, e um outro grupo que não aceitou o convite por varias alegacões, Luaty porque “já deu todos os recados que queria dar ao JLO por Twitter”, como se o JLO lesse as mensagens do Twitter ao invés de ter um assessor a gerir a conta, enquanto que o Dito Dali e o Domingos da Cruz dizem que “O opressor nunca nos ouviu e nunca vai nos ouvir”, porem na verdade ele não foram porque isto tiraria o oxigénio que precisam para mobilizar suas tropas para as manifestações, e que no fundo preferiam que o JLO fizesse uma entrevista estilo “jovens frustrados” como JES para contribuir na narrativa de “JLO Ditador”. Gostaria de acreditar que se trata apenas de uma brilhante estratégia Comunista de fingir divisão para confundir o inimigo, porem creio que estamos apenas diante de um clássico caso de Angolanos sendo incapazes de coordenar esforços e agir em conjunto, que se vê por exemplo em coisas simples como um bairro de lata que se dividiu em duas facões por causa da ganancia, cada um acusando o outro de serem impostores que querem ficar com as casas no Zango que o Estado poderá dar para eles. Leia o artigo do Novo Jornal

Oitavo, as intervenções mostraram a supremacia do discurso Ideológico, nas classes falantes Angolanas, que não é um esforço de descrição dos factos mas sim uma tentativa de mobilização da massa de pobres e não intelectuais para um estado de agitação política que permite aos intelectuais atingir o poder. Quando o representante da CASA-CE pontifica que a pobreza “aumenta a criminalidade e a prostituição”, não o diz por ser verdade, mais o diz por que precisa que seja verdade para o sucesso de seu projecto político.

O discurso do ideólogo não prova: dá ordens, camuflando-as, para não ofender os mais sensíveis, numa imitação de juízos de realidade, acusa de crimes sem precisar dar provas, finge ser auto-evidente.

Desde de Norton de Matos, que desmantelou uma conspiração de Angolares de classe media que tentaram mobilizar as massas Africanos contra o governo colonial em 1920, até Nito Alves e os Fraccionistas em 1977, esta tactica de repete na politica Angolana. Sendo que descrever os factos da realidade é secundário, um mero instrumento para o objetivo último, a conquista do Poder que resolvera todos os problemas do mundo e por isto tudo pode ser feito para que seja alcançada, sendo que qualquer mal menor deve ser elevado ao estatuto de crime contra a humanidade e qualquer beneficio deve ser rebaixado a uma mera gorjeta humilhante do opressor, o objetivo é de criar a urgência de se rebelar porque este a se viver uma injustiça insuportável, sendo que uma vez conquistado o poder as massas ressacadas acabam ficando com saudades do que foram induzidos a destruir, como acontece por exemplo com as pessoas que lamentam que Angola era melhor no tempo colonial. Perigoso para a comunidade quando usado de modo consciente pelo Demagogo, o discurso ideológico é muito mais perigoso para quem o usa de forma inconsciente, por mero desejo de imitar gente importante, pois deforma a perceção da realidade e vicia o raciocínio.

O mal não está na mera existência do pensamento ideológico, nem mesmo na sua omnipresença na vida social. O mal aparece quando as esferas de atividade que deveriam ser orientadas por formas de pensamento mais exigentes e mais voltadas à descoberta da verdade se deixam infectar por ele.

As intervenções dos convidados poderiam se resumir, alem do pedido de verbas do Estado, a estes dois formatos:

Estimados Confrades, Vamos Atalhar Compor Promulgações e Exegeses Que Confundem Melindres de Outrem Entes Cá no Morganho e Por Outro Lado Enlameiem a Mossa Própria Sumidade! Bom Protele e Matutem Nisso Ilustre.

B- Viva a Revolução! Abaixo o Ditador, VOTA EM MIM, pobre rebelam se.

O mais interessante para mim foi que JLO, o velho comunista, em contraste com as propostas e atitudes dos seus convidados, tanto dos Bajú e dos Revú-Oposicionistas, falava no tom do Tio paciente e Conservador que aconselha seu sobrinho idiota, e dizendo várias verdades que o Povo Angolano precisava ouvir:

Respondendo ao palhaço dos Tunezas que queria que o estado construi-se mais estádios, JLO disse que “”O estado não pode fazer tudo, já gastamos milhões com estádios e tantas coisas, porem o Estado foi incapaz de gerir estes empreendimentos e por falta de manutenção caiu no desuso, o privado tem de criar estas coisas e gerir de forma que gera lucro.”, e que se “que se deve parar de ter o habito de construir coisas novas toda hora, devemos ter o habito de conservar e usar o que já temos, como quando levamos um sapato velho para concertar no sapateiro ao invés de comprar um novo”. Os mesmos artistas que pedem apoios da Governo, como já foi cantando em uma música dos Kalibrados, gastam milhões de dólares anualmente com bens de ostentação, como a última “polémica” entre Preto Show e C4Pedro para saber quem tinha a “melhor maquina”, ao invés de investir na infraestrutura que permitiria eles lucraram mais com seu trabalho.

Respondendo a alguém que reclamava do desemprego, disse que muitos querem apenas empregos formais e bem pagos, preferencialmente no Estado, porem muito se constrói no trabalho duro e de longo prazo, dando o exemplo dos comerciantes do tempo colonial.

Quando alguém Reclamou da presença de estrangeiros no comercio, perguntou se havia alguma proibição para o exercício de comercio pelos Angolanos, e disse que a maioria dos Angolanos preferem a vaidade de arrendar o seu estabelecimento ao estrangeiro do que trabalhar longas horas sem garantia de lucro.

Acusado que seu governo leva a cabo a “perseguição de Jornalistas”, JLO lembra aos Angolanos que não podemos simplesmente “tirar palavras da cartola” e usar para mero efeito retórico, que as palavras tem significado e que quando se acusa alguém de algo tens de dar exemplos concretos, pedindo tanto que se desse o nome do jornalista que foi reprimido, “Falar por falar é fácil”.

Diante da demagogia do discurso de vitimização dos pobres, que segundo um dos convidados sofrem de uma “taxa de desemprego altíssima”, JLO atira um balde de água fria perguntando “quem poderia inverter isto quando todos os países sofrem [do Covid e das medidas de controle do COVID]”, não recebendo resposta.

Diante da sugestão maliciosa que ele estaria desconectado da realidade do Povo, pois “não sabe de onde sai a comida que esta mesa”, JLO respondeu que ele sabe muito bem porque enquanto os jovens volta da discoteca as 4 horas da manha ele ia para sua fazendo quinzenalmente para orientar trabalhos no campo, tocando na ferido do espírito de fará constante que anima o Angolano, mesmo quando faz parte da suposta “camada mais pobre”.

Diante dos repetidos pedidos de “apoio do governo” JLO responde que as pessoas deveriam ganhar o hábito de pôr em prática suas ideias, mesmo que a uma pequena escala, e que com o sucesso dos mesmos, apoios oficiais ou comerciais quase sempre apareciam quando a pessoa prova ao mercado que tem um produto competitivo, e deu o exemplo das microempresas na Itália, e explicou que por isto que tem inaugurado mesmo de pequenas fabricas em Angola .

Quando um interveniente pede “uma Angola melhor”, de novo repetindo o reflexo pavloviano Comunista que o Estado e o Presidente são o centro do Universo, JLO responde que “Isto não se pede, se constrói. Cada um deve fazer sua parte,” afinal ele sabe que com pedintes não se faz um país.

Poderia se por a dúvida as credências “Conservadoras” de JLO, e achar que se trata de mera manobra política porque o Estado esta sem verbas para uma política mais socialista, porem ele teve discurso similar quando rebateu a ideia de que a pobreza causa criminalidade. Leiam este artigo

Concluindo devo dizer que este encontro, que foi em parte causado pela onda de protestos coordenados entre a UNITA e os Revús, que poderia chamar RevUNITAs, terá dois efeitos positivos:

Vai melhorar a imagem de JLO internamente, diante do publico que não se revê no método das manifestações violentas mesmo não sendo do MPLA, e externamente para a comunidade internacional que os RevUNITAs querem mobilizar para pôr pressão política e económica sobre o governo.
Vai introduzir novas ideias mais liberais, de responsabilidade e iniciativa individual, na cultura política Angolana, mesmo que seja por mera refutação histérica das classes falantes.

Escrevi este artigo na base notas que tomei ao ver o encontro ao vivo e uma conversa que tive com amigos, sendo que não tive tempo de rever o vídeo para verificar nomes e detalhes, preferindo dar apenas a minha impressão.

 Robore do Garcia

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