Portugal: Simões Pereira confirma que Interpol rejeitou mandado de captura internacional contra ele

Advogados do presidente do PAIGC anunciam conferência para terça-feira, 5, para reagir à decisão da PGR e da Interpol

O presidente do PAIGC, principal partido da oposição na Guiné-Bissau, Domingos Simões Pereira, confirmou à VOA, em conversa não gravada, a decisão da Interpol de rejeitar o mandado de captura internacional contra ele emitido pela Procuradoria-Geral da República e disse que irá reagir em breve.

Antes, afirmou o antigo primeiro-ministro guineense, residente há quase um ano em Portugal, os seus advogados darão uma conferência de imprensa amanhã, 5, em Bissau.

Na sexta-feira, 1 de janeiro, a secretária-geral da Interpol, através do Bureau Central Nacional, em Bissau, indeferiu a solicitação da publicação do pedido de aviso vermelho, feito a 12 de dezembro pelo Ministério Público (MP) da Guiné-Bissau, contra Domingos Simões Pereira, com acusações de “imputar ao Estado da Guiné-Bissau a intenção de desestabilizar a Guiné-Conacri”.

Numa resposta com data 29 de Dezembro e endereçada ao Ministério Público, o Bureau Central Nacional da Interpol informou estar “impossibilitado de emitir a notificação de aviso vermelho contra Domingos Simões Pereira porque as suas declarações foram apenas a reafirmação das acusações feitas por autoridades da Guiné-Conacri contra as autoridades da Guiné-Bissau”.

Em consequência dessa decisão, a rede mundial de polícias decidiu apagar todas as informações sobre Domingos Simões Pereira do seu banco de dados.

No passado dia 18 de dezembro, em comunicado a PGR informou ter emitido um mandado de captura internacional contra Simões Pereira no âmbito de um processo-crime que segue os trâmites legais naquela instituição judiciária, sem dar mais detalhes.

Numa reação, Simões Pereira disse à VOA estar “de consciência tranquila” por não ter cometido nenhum crime.

Recorde-se que nos fundamentos do MP para emissão do aviso vermelho, consta que Simões Pereira, através da sua página no Facebook, acusou o Estado da Guiné-Bissau de praticar actos com vista a desestabilizar a República da Guiné-Conacri.

 

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