Rússia proíbe “963 americanos” de entrarem no país – incluindo o falecido John McCain

O Kremlin publicou uma lista de quase mil cidadãos dos EUA banidos da Rússia. Entre eles, estão Joe Biden, Mark Zuckerberg, Hillary Clinton, Morgan Freeman e John McCain – que morreu em 2018. E o senador republicano é apenas um de cinco defuntos indesejáveis. O mais bizarro é que a lista oficial especifica que estas cinco pessoas estão mortas.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, liderado por Sergey Lavrov, publicou este sábado uma longa lista de cidadãos americanos sancionados pela Rússia, incluindo a proibição de entrarem no país. A lista é dominada por políticos, tanto democratas como republicanos, entre senadores, congressistas, membros da Casa dos Representantes e diplomatas, mas inclui também militares, elementos da CIA e do FBI, professores universitários, juízes e advogados.

Há alguns nomes óbvios. Sem surpresas, o presidente e a vice-presidente dos EUA, Joe Biden e Kamala Harris, estão abrangidos pela proibição de viajarem para território russo. A ex-candidata presidencial Hillary Clinton, derrotada por Donald Trump nas eleições de 2016, encontra-se igualmente banida, tal como Lloyd Austin, Secretário de Estado da Defesa, Nancy Pelosi, Presidente da Câmara dos Representantes, a democrata Alexandra Ocasio-Cortez e o republicano Mitt Romney (adversário de Barack Obama em 2012).

Menos clara é a inclusão de personalidades mortas. Entre elas, está John McCain, senador republicano e adversário de Obama nas presidenciais de 2008, falecido em 2018, aos 81 anos. Não é, no entanto, um erro. O documento do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, intitulado “cidadãos americanos sob sanções pessoais, incluindo a proibição de entrar na Federação Russa”, descreve-o como “membro do Senado pelo Partido Republicano entre 1987 e 2018 (falecido a 25 de agosto de 2018)”.

McCain não é o único morto na lista. O Kremlin inclui ainda os defuntos Elsie Hastings, membro da Casa dos Representantes do Partido Democrata, Melissa Drisco, diretora-adjunta do Departamento da Agência de Inteligência de Defesa, Stephen O’Neill, juiz do condado de Montgomery (Estado da Pensilvânia) e Jeremy Sivits, militar. Em todos estes casos, o documento reconhece explicitamente que já morreram, indicando inclusivamente a data exata das suas mortes.

Além dos políticos que Putin não quer ver na Rússia, destacam-se ainda Morgan Freeman (“um conhecido ator de cinema que em setembro de 2017 gravou uma mensagem em vídeo a acusar a Rússia de conspirar contra os Estados Unidos e a pedir uma luta contra o nosso país”, justifica o Kremlin), Mark Zuckerberg, fundador do Facebook, e Bradford Smith, presidente da Microsoft. O bilionário e filantropo George Soros, e os jornalistas Bret Stevens, Nick Paton Walsh e George Stephanopoulos constam também da lista, além do diretor da Agência Americana Anti-Doping, Travis Tygart, e de uma agente da Drug Enforcement Administration (Agência Contra a Droga), Christine Hanley.

Donald Trump não se encontra entre os 963 americanos banidos da Rússia.

 

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