Transportadora Aérea de Angola (TAAG) melhora “resultados em 2022” e quer duplicar frota em quatro anos

A Transportadora Aérea de Angola (TAAG) melhorou os seus resultados líquidos em 2022, apesar de continuarem negativos e quer aumentar a frota das atuais 20 para 50 aeronaves até 2027, foi hoje anunciado.

De acordo com a apresentação do conselho de administração da Transportadora Aérea de Angola (TAAG), os resultados líquidos recuperaram de um prejuízo de 297 milhões de dólares (273 milhões de euros) para um resultado negativo de 64 milhões de dólares (59 milhões de euros).

Entretanto, a administração da empresa destacou os “novos recordes financeiros com resultado líquido positivo” em kwanzas, já que a companhia encerrou 2022 com um resultado de 460 milhões de kwanzas (817 mil euros).

De acordo com a administradora financeira, Gabriela Bastos, as demonstrações financeiras são apresentadas em kwanzas por ser a moeda nacional, mas considerando que a TAAG opera em mercado internacional a sua estrutura de custos está amplamente indexada a moedas fortes como o dólar, sendo esta a moeda funcional.

As demonstrações financeiras apontam também para o crescimento das receitas operacionais, que aumentaram mais do dobro, passando de 175 milhões de dólares (159 milhões de euros) em 2021, para 390 milhões de dólares (355 milhões de euros) em 2022.

Há também a registar o aumento com os custos operacionais de 270 milhões de dólares (245 milhões de euros), em 2021, para 480 milhões de dólares (437 milhões de euros), em 2022, sobretudo devido aos combustíveis, que custaram quatro vezes mais (151 milhões de euros face a 36 milhões de euros).

O presidente-executivo da Transportadora Aérea de Angola (TAAG), Eduardo Fairen, destacou o incremento de rotas e frequências com impacto no aumento significativo das vendas e passageiros, as novas parcerias, com a Ibéria, Gol e TACV, que resultaram em maior conectividade e posicionamento para futuros negócios e renegociação de dívidas com todos os fornecedores, gerando significativas poupanças e aumento de credibilidade, maior impulso ao negócio da carga, entre outras.

Eduardo Fairen frisou que a frota desadequada para as rotas operadas foi um dos principais obstáculos, bem como um ‘backlog‘(atraso) de manutenção significativo, contratos onerosos e acima dos preços de mercado internacional e uma força de trabalho desmotivada, com necessidades profundas de formação, sobretudo técnica.

As medidas em implementação, algumas com impacto imediato e outras no futuro, prosseguiu Eduardo Fairen, são principalmente a capitalização e saneamento complementar, em discussão atualmente com os ministérios dos Transportes e das Finanças, “havendo o compromisso desta ação ficar encerrada até ao mês de junho deste ano”.

“Na parte operacional, a negociação de uma nova frota de curto e longo curso, com o objetivo de crescimento desta frota passar dos atuais 20 aviões para 50 aviões em 2027, bem como a gestão dinâmica desta frota, de acordo as necessidades do negócio e do plano comercial”, são outras ações que decorrem, referiu.

Por seu lado, a presidente do conselho de administração da Transportadora Aérea de Angola (TAAG), Ana Major, destacou que as reformas adotadas confirmam que a empresa “é uma companhia com um negócio rentável“.

“Temos imprimido um ritmo positivo de recuperação dos níveis de atividade de 2019 nas métricas-chave do setor e os resultados de 2022 suportam a convicção de um negócio de aviação sustentável com resultados positivos”, referiu Ana Major.

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[…] é um desafio que temos, não só para a TAAG e para a Transportadora Aérea Cabo-verdiana (TACV), mas para os dois povos, no caso os nossos […]