Os jovens que fizeram a conferência de imprensa (sobre adiamento da manifestação do alegado Movimento Revolucionário e pedido de desculpas à figura do Presidente da República), fazem parte do mesmo grupo de vendedores de manifestações de sempre, revelou Nuno Dala.
Segundo os pronunciamentos do também pesquisador, sobre a conferência de imprensa feita pelos “mercenários do activismo de rua”, foi marcado em diversas publicações, sendo que, basicamente, os cidadãos que o marcaram queriam que este comentasse onde o assunto estava a ser abordado.
“Acontece, porém, que, como não será surpresa para os mais atentos, estou a par das movimentações de bastidor que levaram tanto à marcação da manifestação como do processo que levou à conferência de imprensa. O que tenho a dizer é que, por a minha quinta-feira, 24, ter sido bastante preenchida de ocupações laborais, a ponto de até ter dito dificuldades e comer a horas, não fiz nenhum comentário público a respeito”, referiu.
Para Nuno Álvaro Dala, esses bandidos foram abordados a mando de Bento Bento, em cujo acto, os mercenários exigiram 10 milhões de kwanzas para não realizarem a manifestação.
Todavia, revelou ainda, o pessoal de Bento Bento e José Tavares exigiu que os organizadores primeiro fizessem uma conferência de imprensa, a anunciar o cancelamento ou adiamento, com direito à cobertura da TPA e da TV Zimbo.
Na ocasião, o “contrato” ficou fechado e os jovens realizaram a conferência de imprensa e, depois da conferência, cada um deles recebeu 10 mil kwanzas para no próximo sábado, 26 de Junho, receberem os 10 milhões prometidos.
“Em todo o caso, o pessoal do Bento Bento e José Tavares têm a lição bem estudada: visto que em outras ocasiões houve vendas de manifestações, mas as mesmas ainda assim saíram (como a de Novembro de 2020), em que alguns receberam cada um 500 mil kwanzas), eles primeiro dariam a conferência de imprensa para daí entregarem o dinheiro – os 10 milhões”, esclareceu igualmente.
Acontece que, segundo Nuno, há indicadores de que os jovens mercenários poderão não receber nenhum tostão, o que, se acontecer, será um golpe às expectativas destes coitados mortos de fome.
“Independentemente disso, deve ficar claro que a manifestação de 26 de Junho está vendida”, rematou.