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Angola: Zona Económica Especial cria cinco mil empregos

A Zona Económica Especial (ZEE) Luanda – Bengo deverá proporcionar, até ao final deste ano, um total de cinco mil empregos ao mercado de trabalho angolano.

Dados avançam que, até ao mês de Setembro, estavam já contabilizados 2.078 empregos, dos quais 1.904 a nacionais e 174 a expatriados, resultantes de um total de 87 unidades industriais em funcionamento, segundo o presidente do Conselho de Administração da Zona Económica Especial e da Agência de Investimento Privado e Promoção das Exportações (AIPEX).

António Henriques da Silva apontou para os próximos dois meses a inauguração de outras seis novas fábricas na ZEE nos sectores de lacticínios, detergentes, sacos de ráfia e serviços, que deverão gerar 2.922 empregos (segundo contas do Jornal de Angola) e contabilizar os cinco mil postos avançados.

Conforme disse o gestor, na grande entrevista da Televisão Pública de Angola (TPA), de terça-feira (20), nos últimos anos, a Zona Económica Especial (ZEE) tem sido procurada pelos jovens, sobretudo, em busca do primeiro emprego.
Por esta razão, esta unidade estratégica do Governo prepara-se para garantir que os moradores de Viana, no município de Luanda, e os quadros técnicos do país em geral possam identificar cada vez mais novas e melhores oportunidades de emprego.

Neste sentido, António Henriques da Silva avançou a criação em breve de uma Bolsa de Oportunidades de Emprego, já no quadro de funcionamento da incubadora de emprego, uma unidade criada em parceria com o Instituto Nacional de Apoio às Pequenas e Médias Empresas (INAPEM).

Ao que se deu a ouvir da parte do gestor da ZEE,  milhares de outros empregos deverão surgir com a recuperação das fábricas paralisadas, pois que apenas 87 funcionam (como já avançadas) das 166 que estão instaladas, o que perfaz 79 unidades não operacionais.

A ideia da administração é tornar a ZEE numa referência e os lucros gerados nos dois últimos anos, em que se tornou financeiramente independente da tutela do Ministério da Economia e Planeamento, conseguiram já contabilizar saldo de 192 milhões de kwanzas, em 2028, e 500 milhões, em 2019.

Para tal, António Henriques da Silva fala também da apresentação, para breve, do Plano de Desenvolvimento da Zona Económica Especial, o qual deverá resultar de um estudo a ser feito por empresa especializada, contratada através de concurso público.

Como prova de compromisso com o estímulo económico às empresas que se pretendem ali instalar, o PCA indicou a privatização das 16 empresas, no âmbito do PROPRIV, e a existência de 4 a 5 empresas já em processo de exportação. Há ainda, entre os incentivos, a fixação de uma taxa de o equivalente a 25 dólares como custo do metro quadrado.

Estão ainda na ZEE concebidos 49 projectos, dos quais 19 em implementação e 10 já implementados todos voltados ao aproveitamento das vantagens do comércio em África, que se prevê ultrapassar um volume de negócios de um trilião de dólares, contra os actuais 500 milhões.


AIPEX também alinha

Na entrevista que concedeu à TPA, o presidente do Conselho de Administração da Agência de Investimento Privado e Promoção das Exportações (AIPEX) indicou que a empresa registou, até ao mês passado, 309 propostas de investimentos, das quais 70 resultaram de negociações deste ano. Em termos de peso financeiro, as propostas equivalem a 311 milhões de dólares, ainda assim muito abaixo dos 1.190 milhões do ano passado, uma queda justificada pelos efeitos da pandemia da Covid-19 na economia nacional.

Quanto à origem dos investimentos, 1.332 milhões de dólares são de nacionais,  676 milhões provenientes da África do Sul, 184 milhões da China e 88,7 milhões dos Emirados Árabes Unidos.

Texto do JA

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