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Angola: Protestos em Angola mostram “descontentamento crescente” sobre a governação

A consultora NKC African Economics disse hoje que os protestos de quarta-feira em Luanda mostram “um descontentamento crescente com a governação de João Lourenço” e foram alimentadas pelos níveis de “desemprego massivo” dos jovens.

“O descontentamento com o Governo de João Lourenço tem estado a crescer, com a economia a ser afetada pelo preço baixo do petróleo e os efeitos da covid-19”, lê-se num comentário às manifestações e protestos de quarta-feira, dia em que se assinalaram os 45 anos da independência de Angola.

“A decisão de adiar as eleições autárquicas exacerbou o descontentamento e tem sido, até certo ponto, alimentada pela UNITA e pelas críticas de que o Governo está a renegar o seu compromisso com a reforma do sistema político”, acrescenta-se na nota enviada hoje aos clientes, e a que a Lusa teve acesso.

“O desemprego massivo entre os jovens também foi um importante fator por trás dos protestos, com os jovens ativistas a lideraram a mobilização dos protestos”, escrevem ainda os analistas.

Angola assinalou na quarta-feira 45 anos da independência do país, sendo um dia de feriado nacional, em que estava prevista a realização de uma manifestação, organizada por um grupo de jovens ativistas, para exigir melhores condições de vida e a marcação de uma data para as primeiras eleições autárquicas.

O Governo da Província de Luanda proibiu a realização desta manifestação, evocando diversos motivos, um dos quais o não cumprimento do decreto presidencial sobre o estado de calamidade pública, que impede ajuntamentos de mais de cinco pessoas nas ruas, como medida de prevenção e combate à propagação da covid-19.

A polícia impediu a tentativa de manifestação, tendo recorrido ao uso de força e de gás lacrimogéneo para dispersar os manifestantes, havendo o relato de feridos e algumas detenções.

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